São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997
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Nova lei eleitoral provoca atrito entre PMDB e PSDB

Líder peemedebista reclama do crescimento tucano na Câmara

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do PMDB, deputado Geddel Vieira Lima (BA), disse ontem que "se o PMDB tivesse o ministro das Comunicações também estaria crescendo". O ministério é ocupado pelo tucano Sérgio Motta. Na próxima semana, o PMDB deve perder dois deputados -Alberto Goldman e Aloysio Nunes Ferreira, ambos de São Paulo- para o PSDB.
Os partidos, que integram a base governista, estão em campos opostos desde o início do debate da lei eleitoral, devido à cooptação de parlamentares.
O PMDB está perdendo deputados. No início da legislatura, o partido tinha 107 deputados. Hoje, está com 94. O PSDB já é a segunda maior bancada na Câmara, com 97 deputados.
"Quando as aves de arribação começam a bater asas, procuram um lugar mais quente ou mais frio. Esses deputados devem estar procurando um lugar mais quente, mais próximo ao governo, mas vão ver que não é bem assim", disse Geddel.
Ele fez questão de esclarecer que não se referia a Goldman e Aloysio. "Eles têm motivação local." Os dois deputados perderam espaço dentro do PMDB paulista, comandado pelo ex-governador Orestes Quércia.
Para o líder do PSDB, deputado Aécio Neves (MG), "o PMDB está desesperado porque está perdendo consistência". Segundo ele, o PMDB deveria procurar "as causas da sua fragilização (sic) no próprio partido".
"O PSDB vai aumentar a bancada pelo voto. Não sei se o PMDB pode dizer o mesmo", disse Aécio. "O PMDB vai buscar nas eleições a maior bancada", afirmou Geddel. Segundo a assessoria do ministério, Motta não comentaria as declarações.

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