São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997 |
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D. Lucas apóia idéia de igreja adotar crianças
LUIS HENRIQUE AMARAL
"A igreja sempre manteve instituições desse tipo, mas o Estado também tem que se responsabilizar", disse d. Lucas. Ânimo e estímulo Segundo d. Cláudio, a discussão sobre a regulamentação do aborto legal fez a igreja "tomar novo ânimo e novo estímulo" para ajudar as crianças carentes e abandonadas. "Nós queremos acolher esses filhos", disse d. Cláudio. Na mesma linha de d. Lucas, d. Cláudio afirmou que a responsabilidade pela adoção dessas crianças não pode ser unicamente da Igreja Católica. Utopia "Seria uma utopia pensar que a igreja poderia assumir todas as crianças. Esse é um papel que deve ser dividido com o Estado e com o resto da sociedade", afirmou. Segundo d. Angélico, a Igreja Católica estaria dando um exemplo ao assumir as crianças. "Não se pode matar o filho. Aquela mãe que, por problemas psicológicos, afetivos ou econômicos, não pode ficar com ele, que a comunidade eclesial acolha essa criança." O projeto que regulariza o aborto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no último dia 20. Ele permite que médicos se recusem a realizar o aborto. Mas os hospitais credenciados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) estariam obrigados a fazê-lo em, no máximo, sete dias. Longa espera Hoje, como o artigo não está regulamentado, as mulheres que precisam fazer um aborto acabam esperando semanas ou até meses por uma decisão judicial. Para tornar-se lei, o projeto que regulamenta o aborto legal em hospitais do SUS, que é de autoria dos deputados petistas Eduardo Jorge (SP) e Sandra Starling (MG), precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara e do Senado. Texto Anterior: Leia a íntegra da nota Próximo Texto: Aborto pode enfrentar resistência médica Índice |
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