São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997
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Entenda a guerra civil

MARTA AVANCINI
DE PARIS

A anulação de uma eleição que os fundamentalistas islâmicos tinham grande chance de vencer é a origem do terrorismo na Argélia.
Em dezembro de 91, a Frente Islâmica de Salvação (FIS) conquistou 47,5% dos votos no primeiro turno de uma eleição legislativa. O segundo turno seria realizado em janeiro de 92, mas foi suspenso após um golpe de Estado.
Pressionado pelos militares, o presidente Chadli Bendjedid renunciou, e o poder passou a ser exercido por um colegiado sob controle das Forças Armadas.
A FIS surgiu em 1989, durante um processo de abertura política em que partidos oposicionistas passaram a ser permitidos.
Após o golpe de 92, a FIS foi colocada na ilegalidade, e seus militantes passaram a ser presos, processo que originou ações terroristas, inclusive no exterior.
A França, país do qual a Argélia foi colônia durante 128 anos, se tornou um dos alvos prediletos.
Atualmente, o comando da FIS vive na Europa. O partido tem representações no Reino Unido, na Alemanha, na França e na Bélgica, entre outros países.
(MA)

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