São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
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Acusação de sonegação fiscal contra diretores está na Justiça

MÁRIO MOREIRA
DA SUCURSAL DO RIO

A Justiça ainda não julgou a ação na qual diretores da Golden Cross são acusados de sonegação fiscal. Segundo a Receita Federal, as dívidas da empresa ultrapassam R$ 317 milhões.
Até agora, o juiz Abel Fernandes Gomes, da 4ª Vara Federal do Rio, apenas acatou a denúncia apresentada pelos procuradores Rogério Nascimento e Silvana Batini, do Ministério Público Federal do Rio. O juiz ainda vai ouvir os denunciados.
São acusados cinco diretores da Golden Cross: o fundador e presidente do Conselho de Administração, Milton Soldani Afonso, o presidente da empresa, Paulo César Afonso, e três outros diretores: Cylo Carvalho da Silva, Benjamin Carvalho da Silva e Fernando Rodrigues dos Santos.
Algumas acusações
A denúncia contra José Carlos Jourdan foi recusada pelo juiz porque ele já deixara a empresa na época das supostas irregularidades.
Além de sonegação fiscal, os diretores da Golden são acusados de formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Os dois procuradores acusam a Golden Cross de forjar informações falsas nos Relatórios Anuais de Filantropia relativos aos anos de 1989 a 1993.
O objetivo da empresa seria burlar o fisco, por intermédio da apresentação de comprovantes de gastos filantrópicos falsos.
A Golden Cross teria incluído, nos relatórios, gastos com planos de saúde de seus empregados e despesas particulares de seus diretores -inclusive uma cirurgia plástica de Milton Soldani Afonso.
Além disso, segundo os procuradores, a empresa não recolheu impostos sobre bolsas de estudo pagas em contracheque aos funcionários.

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