São Paulo, sexta-feira, 5 de setembro de 1997
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Critérios devem ficar mais rígidos

DA REPORTAGEM LOCAL

O coordenador-executivo do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), Fernando Luís da Fonseca, diz que os limites máximos de emissão de poluentes são um dos maiores inimigos para se conseguir resultados efetivos com o IM em São Paulo.
Segundo ele, os índices para carros velhos são muito flexíveis, permitindo que veículos que emitem grande concentração de poluentes continuem circulando.
Por exemplo, carros fabricados até 79 podem ter até 7% de CO na fumaça expelida. Carros fabricados este ano, até 1,5%. Esses índices devem cair no próximo ano para 6% e 1%, respectivamente.
A preocupação de Fonseca é relevante devido à idade média da frota paulistana: 12 anos.
Fonseca diz que é preciso incentivar a manutenção preventiva e a renovação da frota.
Em algumas cidades italianas, por exemplo, o governo compra e destrói carros velhos e poluidores.
"Não há perspectiva de o governo federal vir a comprar carros velhos, mas o governo deve endurecer os limites máximos de emissão para forçar as pessoas a fazer manutenções nos carros."
O presidente do consórcio Controlar, Ivan Pio de Azevedo, diz que, com o passar dos anos, será possível modificar os critérios para os testes de inspeção, tornando-os mais rígidos.
"Tudo vai depender da experiência prática que tivermos em São Paulo no primeiro ano de implantação do IM", afirmou.

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