São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997
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Preços caem 1,3% nos supermercados de SP

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

As promoções do Carrefour são tradicionais em setembro, mês de aniversário da rede. Só que neste ano, com vendas cada vez mais difíceis, praticamente todo o setor de supermercados e hipermercados adotou a mesma estratégia.
Como a maioria exagerou na dose, os preços despencaram. Na primeira semana de setembro, a queda média alcançou 1,3%.
A análise é do diretor de uma das redes, que foi obrigado a colocar em suas gôndolas um número de ofertas bem maior do que o normal e a "emagrecer" suas margens de lucro.
Para ele, quem vai sair lucrando é o consumidor. Já os supermercadistas precisam de "jogo de cintura" nessa situação de forte concorrência e de aumentos de custos, afirma.
Para o diretor de outra rede, essa situação de forte concorrência neste período do ano não é novidade. Ocorre todos os anos. Por isso, as empresas tentam se proteger, fazendo promoções em todos os setores. Essa política de aumento de oferta exige, no entanto, ganho de eficiência dos supermercados, acrescentou.
O Datafolha confirma essa queda nos preços. Nesta semana, a pesquisa mostrou que, em média, os hipermercados de São Paulo reduziram em 1,31% os preços. A "guerra" não se restringiu apenas aos hipermercados, mas se estendeu também aos supermercados, que derrubaram em 1,29% os preços no período.
As redes não mostraram, ainda, a estratégia a ser adotada neste mês, mas um desses diretores prevê que as promoções não devem se limitar apenas à primeira quinzena.
A queda dos preços nos supermercados deve segurar ainda mais a taxa de inflação em São Paulo. Segundo a Fipe, São Paulo registrou em agosto a maior deflação -queda nominal de preços- dos últimos 40 anos.
A pesquisa do Datafolha, que acompanha preços em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo, abrange os setores de alimentos, produtos de higiene e de limpeza. São pesquisados semanalmente cem produtos. Nesta semana, foram feitas 7.347 tomadas de preços.

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