São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997
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Justiça apreende computador na Encol

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Justiça do Distrito Federal apreendeu ontem e quinta-feira um computador e a base de dados de outros dois computadores da Encol e de três diretores da empresa, entre eles o sócio majoritário e controlador Pedro Paulo de Souza.
Além de recolherem uma CPU, que estava na sede da Encol, os oficais de Justiça gravaram em duas fitas DAT, de 90 metros cada, informações contábeis e de cobranças contidas nos computadores pessoais dos diretores.
O computador e as fitas estão à disposição dos quatro promotores de defesa do consumidor que atuam no caso.
O promotor Márcio Flávio Mafra Leal disse que os dados só serão conhecidos na próxima semana, depois que os técnicos de informática do Tribunal tiverem o mesmo "ambiente operacional" do computador apreendido.
A Procuradoria de Defesa do Consumidor pediu ao juiz da 9ª Vara Cível do Tribunal, Jonas Modesto da Cruz, que solicite aos bancos credores da Encol os históricos dos empréstimos concedidos à empresa.
Bancos
Mafra Leal disse que, de acordo com o nível de pagamento dos empréstimos, os procuradores proporão aos bancos a suspensão das hipotecas de alguns imóveis, o que permitiria a emissão da escritura definitiva aos compradores que já quitaram sua dívida com a Encol.
Mafra Leal disse que as informações dos bancos servirão para questionar as condições em que os empréstimos foram concedidos, quais os responsáveis pela liberação dos recursos e se houve motivação política nos casos de bancos oficiais.
"Pretendemos mostrar que os bancos também têm responsabilidade pela concessão dos empréstimos", disse o promotor.

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