São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 1997
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Elenco de "Titanic" cantou para projeto

ARMANDO ANTENORE
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a Songs of Love, John Beltzer conseguiu em um ano e meio o que buscou durante duas décadas: o reconhecimento público.
O músico já se apresentou nas quatro maiores redes norte-americanas de televisão. Pelo menos uma revista, a "People", dedicou duas páginas à iniciativa.
O jornal "The New York Times" e instituições de peso, como o Beth Israel Medical Center, também elogiaram a empreitada.
O elenco de "Titanic", premiado musical da Broadway, e um coro de 50 policiais nova-iorquinos cantaram, recentemente, para a fundação.
No Brasil, John pretende que a Songs of Love funcione do mesmo modo que nos EUA.
A organização remete questionários para hospitais perguntando o nome, a idade, as principais características e os hobbies dos pacientes que necessitam de música.
Em seguida, procura os compositores voluntários, que produzem as canções com base nas respostas.
Levam, normalmente, três ou quatro semanas para escrevê-las e gravá-las, em estúdios que providenciam por conta própria.
Cada música deve ter como título o nome da criança ou adolescente retratados e não pode, nunca, falar de doença.
Os ritmos são ecléticos: rock, tecno, country, rap. E as letras, às vezes, trocam o inglês pelo espanhol, português ou mesmo hebraico.
Depois de tudo pronto, a fundação manda as canções para os pacientes em fitas cassetes e de graça.
Dois artistas brasileiros, a cantora Maria Alvim e o produtor musical Marcelo Lima, já aceitaram participar do projeto.
A psicóloga Lotty H. Lianza, 41, que passou a infância com John em São Paulo, deverá representar a Songs of Love no país.
"Estamos, primeiro, providenciando a papelada para instituí-la oficialmente", explica. "O próximo passo é buscar patrocínio e cadastrar quem quiser ajudar."
Os interessados podem se comunicar pelo telefone 011/66-6752 ou por e-mail (songslove@aol.com).
A Internet, aliás, serviu de ponte para Sandra Venturieri, 28, solicitar uma música da fundação. Ela -que mora em Belém- é mãe de Amanda, uma menina de 2 anos com deficiência visual.
Pelo computador, pediu uma canção e a recebeu no fim de junho. Os versos: "Um dia, olhei o céu/ e vi uma estrela lá/ brilhar para os olhos de Amanda".
(AA)

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