São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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Hospitais apontam queda nas doações

DA REPORTAGEM LOCAL

A lei da doação presumida de órgãos pode estar fazendo com que o número de pessoas interessadas em doar órgãos esteja diminuindo em São Paulo.
Essa afirmação é do responsável pela Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde, Sérgio Pitelli. "Antes, o ato de doar era uma iniciativa. Com a lei, virou uma obrigação. Muita gente se assusta com isso", diz.
Ele ainda está em processo de sistematização das estatísticas para fazer uma comparação. "Mas percebemos, em nosso trabalho, que há mais dificuldades. O número de transplantes, se não diminuiu, também não aumentou."
Antes da regulamentação da lei -em junho deste ano-, o índice de rejeição era de 15% a 20% no hospital. Segundo Glezer, hoje esse número está entre 25% e 30%.
Para Elias David Neto, membro do conselho consultivo da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), a queda no número de doadores ocorre por inabilidade de captação de doadores e por desorganização do sistema.
Segundo ele, dados oficiais do sistema de identificação do Estado de São Paulo mostram que, nos dois últimos meses, o número de pessoas que se declaram doadores na carteira de identidade é de 80%.

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