São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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Corte do STJ decide hoje sobre índice da poupança

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) define hoje qual índice deverá ser usado pelo Banco Central para corrigir os recursos bloqueados pelo Plano Collor em março de 1990.
A manifestação da Corte Especial foi solicitada pela Segunda Seção do STJ para evitar interpretações divergentes no tribunal.
No final de julho, a Primeira Turma do STJ decidiu que um grupo de correntistas teria seu dinheiro bloqueado corrigido em março pelo IPC de 84,32%. Esse índice seria usado até março de 1991 e depois seria aplicado o INPC.
Essa decisão beneficiou sete correntistas. Como não há sentença final o BC pretende apresentar um recurso argumentando que a Terceira Turma do STJ ao julgar em maio ações de outros correntistas considerou correta a fórmula de correção apresentada pelo governo.
Na época, o BC determinou que as cadernetas com "aniversário" entre os dias 1º e 13 de março teriam seu saldo corrigido por 84,32%. No caso das demais contas, foi usado o BTNF (Bônus do Tesouro Nacional Fiscal).
O BTNF foi aplicado entre a data de "aniversário" da conta em março e abril. Dessa maneira, o índice de correção monetária aplicada nessas contas foi inferior a 10%.
Se o BC não conseguir reverter a decisão da Segunda Seção, a sentença da Corte criará jurisprudência sobre o assunto. Ou seja, vai orientar outras decisões.
Mesmo que o BC não consiga reverter essa decisão, a jurisprudência só será aplicada para quem entrou com a ação na Justiça até 1995.
A assessoria de imprensa do STJ informou que não caberá recurso após a decisão da Corte Especial. A assessoria de imprensa do BC, porém, informou que poderia ser apresentado um outro recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal).

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