São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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Bovespa segue NY e fecha com alta de 3%

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro viveu um dia de otimismo ontem, inflado pelo bom desempenho do mercado nova-iorquino de ações. A Bovespa fechou com alta de 3,12%.
O volume negociado foi bem melhor que o do dia anterior, totalizando R$ 750,7 milhões. (Na segunda-feira, foram negociados R$ 470 milhões, quando as cotações recuaram em média 3,78%.)
Telebrás PN fechou cotada a R$ 138,10 (o lote de mil), registrando alta de 3,83% no dia e concentrando 60,2% dos negócios à vista.
O desempenho de Telebrás e a recuperação dos negócios indicam, segundo analistas, uma maior presença dos investidores estrangeiros.
Não há garantia, no entanto, de que essa recuperação venha a significar uma maior estabilidade do mercado, inclusive porque a Bovespa operava em baixa até que as cotações ganhassem força em Nova York. No pior momento do dia, o Ibovespa chegou a cair 0,67%.
Os recibos de Telebrás 5 fecharam estáveis, depois da queda de 30,3% de segunda-feira.
Futuros
No mercado futuro, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as cotações recuaram especialmente no caso do vencimento mais próximo (outubro). Nesses contratos, a queda foi de 0,06%, projetando variação cambial de 0,66% para setembro.
Nova York
Em Nova York, os investidores se animaram com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor para o mês de agosto, que ficou em 0,2%, abaixo da estimativa de 0,3% do mercado financeiro.
Com isso, o índice Dow Jones de 30 ações encerrou o dia com valorização de 2,26%, enquanto o rendimento pago pelos títulos de 30 anos do Tesouro norte-americano recuava para 6,41% ao ano.
A explicação para o otimismo do mercado está no fato de a principal preocupação do banco central dos EUA ser justamente evitar a aceleração da inflação.
Quando os índices que acompanham a variação dos preços recuam, o mercado entende que fica mais distante a possibilidade de o banco central decidir elevar as taxas básicas de juros do mercado norte-americano, o que tiraria o fôlego das ações, aumentando o interesse por ativos de renda fixa.

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