São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Baixando a bola; Bico calado; Vai demorar; Mágoa personalizada; O passado condena; Cintura dura; Rei da truculência; Limpeza na área; Amigos do príncipe; Mais um; Boa notícia; Má notícia; Duelo no sertão; Missão difícil; Politicamente correto; Visita à Folha

Baixando a bola
A estratégia do PSDB e do Planalto é esfriar publicamente até 3 de outubro qualquer operação para convencer Covas a disputar a reeleição. Avaliam que o destino de Ciro e de Itamar agitará a política. Não querem contribuir para agitá-la ainda mais.

Bico calado
Dentro da estratégia de esfriamento do "problema Covas", Serra e Serjão se negam a discutir eventuais candidaturas em São Paulo. A posição oficial é: o PSDB não tem candidato.

Vai demorar
A cúpula tucana aguarda a definição de cenários que o dia 3 de outubro causará. Então, pensam caciques como FHC e Serjão, ficará mais fácil insistir com Covas. O PSDB assumirá o problema e dirá que Covas tem que ser candidato de qualquer jeito.

Mágoa personalizada
Na segunda, Covas ligou para Serjão e Serra. Explicou por que não se candidata à reeleição. Até ontem à noite não havia telefonado para o presidente, nem dado sinal de que faria isso.

O passado condena
Quando comentam a pendenga do ICMS entre Covas e Kandir, tucanos ligados ao Palácio dos Bandeirantes lembram sempre o passado do ministro. Dizem que ele entende mesmo de confisco, por ter sido um dos mentores do Plano Collor.

Cintura dura
ACM, que adora ver FHC em dificuldade, ri da crise tucana. A interlocutores disse que os paulistas administram o Brasil como se fossem gerentes de empresa: sem sensibilidade política. Foi o que o Planalto fez com Covas.

Rei da truculência
Abelardo Lupion (PFL-PR) recebeu ontem os cumprimentos dos ruralistas (PTB-SP) pela reação de fazendeiros do Paraná que expulsaram sem-terras de uma invasão. "Foram os meus amigos", gabava-se Lupion.

Limpeza na área
Cartaz espalhado pelo Palácio dos Bandeirantes: "É melhor manter limpo ou sujar para depois limpar?" A pergunta não se refere a FHC, avisam os covistas. É apenas uma frase do programa de qualidade do governo.

Amigos do príncipe
Depois das crises envolvendo Ciro Gomes e Mário Covas, Paulo Renato (Educação) já anda falando na criação de uma "Ordem dos Amigos Leais a Fernando Henrique". Pelo menos desta vez, saiu na frente de Serjão.

Mais um
O próximo tucano a bater de frente com FHC é o governador Marcello Alencar (RJ), que reclama do Ministério da Saúde. Vai na linha de Covas e Azeredo.

Boa notícia
Está diminuindo o número de jovens entre 13 e 19 anos doentes de Aids, segundo o Ministério da Saúde. Foram 276 casos em 95, 228 em 96 e 37 até maio último. A má notícia: o número de meninas contaminadas por transmissão sexual aumentou. E muito.

Má notícia
Dos 2.572 jovens doentes de Aids no país, as meninas somam 676. Desse total, 47,9% foram contaminadas pelo parceiro. Em 87, esses casos foram de 20%, percentual que saltou para 55% em 96 e 71% das ocorrências nos primeiros cinco meses de 97.

Duelo no sertão
Já em campanha para tentar voltar à Câmara, o ex-deputado Ricardo Fiuza (PE) tem enfrentado resistência de Inocêncio de Oliveira no PFL. A relação é tão ruim que os assessores procuram evitar um encontro deles.

Missão difícil
A campanha "Sou da Paz", de entidades estudantis de São Paulo, vai na próxima semana ao Pontal do Paranapanema (SP). Tentar convencer os sem-terra e fazendeiros a largar as armas.

Politicamente correto
A Câmara aprovou projeto de José Aníbal (PSDB-SP) obrigando o ensino fundamental a lecionar direitos humanos. A proposta deve passar fácil no Senado.

Visita à Folha
O presidente da Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo, Dalton Chamone, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.

TIROTEIO
De Wigberto Tartuce (PPB), pedindo que a Mesa da Câmara pergunte ao Ministério dos Esportes por que foi incluído na "lista negra" da Lei Pelé:
- O Pelé está sendo racista. Ser colocado em uma lista negra é uma discriminação.

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