São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Economia da região deve crescer 4% em 97

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O crescimento da economia latino-americana deve superar os 4% ao ano, em 1997 e em 1998. A previsão está no informe "Perspectivas da Economia Mundial", do FMI, divulgado ontem em Hong Kong.
No ano passado, o crescimento econômico da região ficou em 3,5%, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).
A recuperação do crescimento econômico em 97 e 98 será mais gradual do que o previsto pelo fundo em maio passado.
Segundo o informe, as mudanças nos números decorrem de novas previsões feitas para as economias brasileira e colombiana.
No caso brasileiro, o informe destaca as reduções nas taxas de inflação e, por outro lado, aponta problemas com o déficit externo crescente e com projeções de aumentos nas taxas de juros.
No caso colombiano, o relatório aponta como fatores capazes de comprometer o crescimento econômico uma desaceleração na atividade manufatureira e incertezas políticas.
Outro lado
O FMI projeta expansão na economia argentina, como reflexo das reformas econômicas, da estabilidade de preços e da confiança do setor privado.
No México, a inflação necessita ser reduzida. O relatório recomenda a adoção de políticas fiscais e monetárias aliadas às reformas estruturais capazes de impulsionar a poupança e os investimentos.
Na Venezuela, a inflação está alta e o FMI recomenda que as autoridades do país continuem com as reformas para reforçar os setores não ligados ao petróleo.
No Chile, o crescimento econômico e a inflação têm mostrados sinais de desaceleração como resultado de medidas para enfrentar o perigo do "aquecimento" da economia e capazes de favorecer uma expansão a médio prazo.
Na opinião do FMI, a melhora da situação das economias latino-americanas "não são apenas reflexos de políticas financeiras disciplinadas".
O relatório destaca resultados positivos nos processos realizados desde o início da década, como as reformas dos planos de pensões oficiais, as privatizações e as mudanças comerciais (como a redução de barreiras não-tarifárias).
O informe do FMI afirma que será necessária, na maioria dos países, uma "segunda geração" de reformas para melhorar a qualidade dos gastos públicos e criar sistemas reguladores mais transparentes.
Alerta, ainda, para a necessidade de flexibilizar o mercado de trabalho e de reorganizar o setor bancário, tornando-o menos vulnerável.

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