São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Maradona viveu caso parecido

LUIZ CESAR PIMENTEL
DA REPORTAGEM LOCAL

O caso de doping do atleta corintiano Fábio Augusto é muito semelhante ao enfrentado pelo argentino Maradona na Copa de 94.
Em exame realizado durante a Copa, foi constatada presença de efedrina na urina do argentino. Revelou-se, depois, que a substância proibida era originária de aminoácidos norte-americanos.
O atleta vinha tomando aminoácidos na Argentina, não quis levar o medicamento na viagem e comprou uma quantidade lá.
O complexo vitamínico utilizado por Fábio Augusto também é originário daquele país.
"Lá não é incomum a inclusão de drogas tipo efedrina em combinação com vitaminas e aminoácidos", diz Eduardo de Rose, presidente da Federação Internacional de Medicina Esportiva e membro da comissão médica do COI.
"Mas eu entendo a posição do médico do clube (Paulo Faria, que autorizou o uso). Você vê que é vitamina e autoriza."
Segundo De Rose, o fato de ter comunicado o médico pode atenuar uma possível punição ao jogador no julgamento do dia 22.
"'No momento que consulta o médico, não tem mais dolo."
A pena para o atleta neste caso varia entre 120 e 360 dias.
Por outro lado, os médicos do clube não temem punição. "Você só pode ser punido por quatro coisas: erro, omissão, imperícia ou negligência", diz Joaquim Grava.
"Pela desatenção no caso, o que eu posso sofrer é uma advertência", completa Paulo Faria.
(LCP)

Texto Anterior: Fábio Augusto revela origem do doping
Próximo Texto: O caso
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.