São Paulo, sábado, 20 de setembro de 1997
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Brasil juvenil exibe time homogêneo

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção brasileira juvenil, que disputa amanhã a final do Mundial sub-17 do Egito, não tem nenhum representante entre os principais destaques do torneio, segundo as estatísticas da competição.
Creditando três pontos por gol marcado e um ponto por assistência feita -padrão adotado pela organização-, o espanhol David surge como grande nome do torneio, com 21 pontos (sete gols).
Na lista dos melhores, aparece em segundo lugar, com 15 pontos (cinco gols), Mohamed, da seleção de Omã. Keita, do time de Mali, é o terceiro, com 13 pontos (quatro gols e uma assistência).
O brasileiro mais bem colocado na lista dos melhores é Matuzalem. O atleta do Vitória fez dois gols e duas assistências no torneio, contabilizando oito pontos.
Os palmeirenses Ferrugem e Jorginho somam sete pontos. Ambos marcaram dois gols e deram uma assistência. O cruzeirense Giovani é outro atleta do time nacional que fez dois gols, mas, como não fez nenhuma assistência, ganhou apenas seis pontos.
Os ganenses, adversários do Brasil na decisão, também apresentam um time homogêneo -tem como característica uma boa distribuição de gols e assistências.
O jogador de Gana mais bem pontuado na lista dos destaques da competição, Quaye, ocupa apenas a 15ª colocação, com seis pontos. O atleta fez dois gols no torneio.
As estatísticas mostram que a maioria dos gols do Mundial do Egito (61,7%) foram marcados no segundo tempo. No Mundial do Equador, em 95, os gols também saíram com mais frequência na segunda etapa (64,9%).
Uma tendência do Mundial passado, porém, não se repete este ano. Em 95, os defensores marcaram várias vezes. Responderam por 21,10% dos gols. Neste ano, apenas 10,60% dos gols foram feitos por atletas da defesa. Os atacantes marcaram 52,10% dos gols, e os meio-campistas, 37,20%.
A final
A Fifa, entidade que controla o futebol mundial, divulgou ontem o nome do árbitro que irá apitar a decisão de amanhã. O juiz será o norueguês Terje Hauge.
O Brasil deixou a cidade de Ismailya, onde enfrentou a Alemanha nas semifinais, ainda anteontem. O time nacional está no Cairo, local da final. A decisão acontecerá no estádio Nacional do Cairo, que comporta 80 mil pessoas.
O presidente da Fifa, João Havelange, deverá fazer a entrega do troféu ao campeão. O ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, também deverá estar presente na final.
O Brasil foi campeão mundial na categoria principal quatro vezes e possui três títulos de juniores, mas ainda não tem o Mundial juvenil.

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