São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997
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Secretário pede aprovação de reformas e quitação de dívidas

DE NOVA YORK

O secretário-geral Kofi Annan pediu ontem, antes da abertura da 52ª Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, um esforço concentrado para a aprovação da reforma administrativa da entidade.
"Que esta fique sendo conhecida como a Assembléia da reforma, da revitalização das Nações Unidas", afirmou o secretário, referindo-se às propostas que apresentou em 16 de julho passado.
Naquela ocasião, Annan sugeriu, entre outras medidas, a eliminação de mil cargos na ONU, equivalente a um corte de 25% em relação à década passada, a redução de 33% nos custos administrativos e de 30% em documentação.
Ele propusera também a composição de um fundo financeiro de até US$ 1 bilhão, que seria formado por contribuições voluntárias.
Annan defendeu ainda maior participação da iniciativa privada nos trabalhos da organização.
"O presente de US$ 1 bilhão, extraordinariamente generoso e sem precedente histórico, dado por Ted Turner (empresário do setor de comunicações) à ONU, é a mais visível expressão deste novo e promissor relacionamento."
Por fim, exigiu que os países com dívidas pendentes cumpram suas obrigações sem fazer exigências.
A reação de Clinton
O discurso do presidente americano mostrou algumas das divergências existentes entre os EUA e o secretário-geral da ONU.
A principal diz respeito à questão financeira. Maior contribuinte da entidade, os EUA estão discutindo, no Congresso, o pagamento das dívidas atrasadas e o valor dado anualmente à instituição.
Apesar de chamar a discussão de prioritária, Bill Clinton, ao abordar o pagamento, fez questão de pedir maior contribuição dos outros países. "Numa divisão mais equitativa de responsabilidades, podemos tornar a ONU mais forte e mais democrática."

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