São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997
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REPERCUSSÃO

Sergio Amaral, porta-voz da Presidência da República, em nome do presidente Fernando Henrique Cardoso - "É uma grande perda para a pintura brasileira, área em que o pintor exerceu uma grande influência. É uma grande perda, também, para as relações Brasil-Japão, em que ele era um símbolo dos laços culturais que existem entre os dois países. E é a perda de uma pessoa que tinha com o presidente relações pessoais, que o presidente muito prezava."

Ricardo Camargo, galerista - "Tenho o maior respeito pela obra de Mabe. Ele já foi lavrador, já chegou a pintar em caixas... Seu grande período foi entre 57 e 68, com grandes pinturas abstratas. Tinha um ótimo mercado tanto no Brasil como no exterior."

Arcângelo Ianelli, artista plástico - "Nós tivemos um relacionamento de muitos anos, que começou na época em que fundamos o grupo Guanabara, formado, em sua maioria, por pintores de origem japonesa. As telas de Mabe destacam-se pela grande força, espontaneidade e arrojo. Sua morte abre uma lacuna na pintura brasileira. Além de grande artista plástico, Mabe foi um grande amigo."

Peter Cohn, galerista - "Mabe foi extremamente importante para a abstração informal. Ele conseguiu fazer um sincretismo entre a arte oriental e a ocidental. Conseguiu dar vazão à abstração, o que repercutiu no mundo todo porque, até no Japão, a arte abstrata sofre influências de Mabe."

Hélio Alves Neves, galerista - "Foi um golpe tremendo para as artes. Uma vez perguntei a Mabe qual era a finalidade de seu trabalho. Ele me disse que gostava das linhas e que era um homem da geometria das duas dimensões. Ele gostava de pensar que, por meio de sua visão e percepção, podia levar a energia da vida para a humanidade."

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