São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997
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Promotoria pede apuração de morte no Exército no RJ

DA SUCURSAL DO RIO

A promotoria da 3ª Auditoria Militar do Rio pediu a abertura de inquérito para apurar as causas da morte de Fernando Rommel de Oliveira, que integrava o 26º Batalhão de Infantaria Pára-Quedista.
Segundo noticiou ontem o "Jornal Nacional", da Rede Globo, ele morreu em 2 de junho de 96, aos 19 anos, no HCE (Hospital Central do Exército). Pelo laudo oficial, a morte foi causada por insuficiência respiratória aguda e septicemia (infecção generalizada).
O pai do rapaz, José de Oliveira, no entanto, disse ter apurado, no hospital e no batalhão, que o filho foi vítima de um espancamento dentro do quartel, por ter se insurgido contra a suspeita de que furtara uma arma.
Oliveira disse que a família ficou 15 dias sem ter notícias do filho, até descobrir que Fernando estava hospitalizado. Ele acusa dois coronéis, dois capitães e um sargento do batalhão pela morte do filho.
Ele pede a exumação do corpo de Fernando, já que o laudo feito pelo HCE na época da internação não esclarece o motivo das fortes dores que ele sentia no abdômen.
O coronel Hélio Borges, relações-públicas do Comando Militar do Leste, disse que não há indícios de crime por parte dos superiores do rapaz.
"Mas não vamos descartar nenhuma possibilidade de ter havido desvio de conduta", afirma.

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