São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997
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Stones querem fazer a juventude rebolar

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

Os Rolling Stones iniciam hoje, em Chicago, sua nova turnê mundial, comemorando o lançamento do CD "Bridges to Babylon".
Antes de partir para o exterior, o conjunto percorrerá diversos Estados norte-americanos.
A turnê que começa hoje à noite servirá para o grupo provar que tem mais energia do que qualquer outro dos anos 90.
Keith Richards, um dos integrantes "originais" dos Stones, cujo primeiro disco foi lançado há 34 anos, diz que pode faltar qualquer coisa a eles, menos energia.
"A juventude vai ter que rebolar muito, mostrar muito fôlego. A nós, cabe provar que continuamos firmes na estrada", afirmou.
Para se preparar para o ritmo da turnê, Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts, companheiros de trabalho há cerca de 35 anos, mais o guitarrista Ron Wood e o baixista Daryl Jones passaram duas semanas no Canadá, descansando e preparando os acertos finais.
Além de energia, os Stones querem, também, faturar. E, se possível, mais do que na última turnê do grupo, em 1994, com "Voodoo Lounge", que rendeu entre US$ 105 milhões e US$ 120 milhões.
Desta feita, as perspectivas são ainda melhores. Pelas projeções iniciais, o faturamento pode alcançar a casa de US$ 150 milhões.
Mistura e homenagem
Por sugestão de Jagger, os Stones devem mesclar as músicas do novo CD com os sucessos antigos, que escreveram seu nome na história.
"Estou sempre me reciclando e gostaria de priorizar nossos últimos lançamentos", disse Jagger. "Mas a gente conhece a galera e sabe que eles vão querer voltar ao passado. Não podemos deixar de atendê-los, né?", perguntou, em uma entrevista para a televisão norte-americana.
Antes da apresentação de hoje, os Stones devem fazer uma homenagem à princesa Diana, morta em 31 de agosto, lembrando de sua importância em obras de caridade e no combate à Aids.
Uma parte do dinheiro arrecadado em Chicago deve ser destinada a uma fundação que leva o nome da princesa.
Os Stones, no entanto, não são os pioneiros neste tipo de homenagem. O U2, que já excursionou pelos Estados Unidos e agora está percorrendo a Europa, tem dedicado suas apresentações à memória de Diana, além de ceder parte do faturamento dos shows para obras que eram apoiadas por ela.

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