São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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No PFL, empresário critica o Senado

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, 58, fez ontem uma dura crítica ao Congresso durante sua filiação ao PFL, pelo qual vai disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados nas eleições de 1998.
Referindo-se à votação da reforma da Previdência, ocorrida anteontem no Senado, disse que o que houve é "inaceitável".
Na votação, foram mantidas as aposentadorias especiais para magistrados e parlamentares.
"Quem vai para o Congresso, como eu, disposto a servir e não a se beneficiar tem de lutar contra essas aposentadorias especiais e esses privilégios, porque é preciso mais trabalho e pensar mais no país do que em si próprio."
Moreira Ferreira assinou sua ficha de inscrição no PFL durante ato realizado ontem no Clube Pinheiros, em São Paulo, que contou com políticos e empresários.
Estiveram presentes pesos pesados do pefelismo, como o vice-presidente Marco Maciel, o senador Hugo Napoleão (PI, líder do partido no Senado), o presidente do diretório regional do partido em São Paulo, Cláudio Lembo, o prefeito de Recife, Roberto Magalhães, e o neopefelista ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos), que se filia hoje ao partido.
Moreira Ferreira disse que a manutenção das aposentadorias especiais é ruim para a imagem do Congresso, mas acha que ainda há tempo de corrigir esse "equívoco" -ou na votação em segundo turno no Senado, ou no plenário da Câmara.
Sangue novo
Em sua saudação ao novo pefelista, Maciel elogiou a "demonstração de espírito democrático" de Moreira Ferreira. Ele disse que, por meio da participação política, o empresário vai ajudar o PFL a responder ao maior desafio da atualidade, que é tornar o Brasil uma nação menos injusta.
Já Napoleão disse que a entrada de Moreira Ferreira no PFL, assim como a do ministro Luiz Carlos Santos, significa "sangue novo" na legenda no Estado.
Napoleão defendeu o lançamento de um nome próprio do PFL ao governo de São Paulo, citando o senador Romeu Tuma como o candidato mais provável.

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