São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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Técnicos procuram brechas em nova regra

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os técnicos de vôlei se preparam para encontrar lacunas nas novas regras que estarão em vigor nas Superligas deste ano -a masculina começa em 23 de outubro.
A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), anunciou ontem, no Rio, a implantação do limite de tempo nos sets -25 minutos.
A partir daí, passa a vigorar o sistema de tie-break. No tie-break (hoje usado quando a partida chega ao quinto set), todas as disputas de bola valem ponto.
A implantação do sistema segue uma determinação da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), que planeja testá-lo em seus campeonatos (veja abaixo). O objetivo é diminuir o tempo de duração das partidas, hoje a maior queixa na relação do esporte com as TVs.
Os técnicos brasileiros consideram a atitude da CBV apressada, alegando que o sistema deveria ser introduzido em um torneio de menor importância que a Superliga.
Agora, se preocupam em como poderão explorar a regra.
"Acho que o sistema deve deixar algumas brechas. A questão agora é descobri-las e tentar usar dependendo de como esteja a situação da partida", diz Sérgio Negrão, da equipe feminina do Leites Nestlé.
"Se você abrir uma vantagem boa, depois dos 20 minutos é só pensar em rodar (manter a troca de vantagens) e esperar o tie-break", diz Ricardo Navajas, do Report/Suzano, campeão nacional no masculino.
"Acho que o jogo pode até ficar feio. As equipes podem abandonar a estratégia tática e pensar a jogar em função do tempo", afirma Cacá Bizzochi, do Banespa.
"Eu não consigo ainda visualizar como será o jogo. Nem em pelada se joga dessa forma", diz Renan dal Zotto, do Olympikus. "Com os jogos, vamos analisar as possibilidades que teremos."
Para coibir a "cera", a CBV diz que os juízes serão instruídos a punir os atletas com cartões amarelos (admoestação) e vermelhos (perda de vantagem ou ponto).
"O vôlei alcançou a popularidade que tem hoje porque sempre se atualizou", diz o presidente da CBV, Ary da Silva Graça Filho.
O dirigente afirma que não há possibilidades de o sistema ser revisto durante o torneio.

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