São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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Ator critica sensacionalismo

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

Aproveitando a discussão sobre invasão de privacidade na vida de personalidades públicas, que ganhou impulso com a morte da princesa Diana, Kirk Douglas tem feito vários pronunciamentos contra a imprensa sensacionalista.
Mesmo confessando que gosta "um pouco" de fofoca, ele recorda casos em que boatos se espalharam de tal forma que chegaram a destruir a vida de algumas pessoas.
"Veja o caso do Oliver Sipple, o homem que salvou a vida do presidente Ford. Ele salvou o presidente, mas implorou para que fosse deixado em paz. Ninguém o atendeu. Descobriram que ele era gay, destruíram sua vida e, no final, ele se suicidou. Mesmo que fosse verdade, valeu a pena tudo isso? Para provocar a morte de alguém?"
Supositório
O próprio Douglas já foi alvo dos tablóides. E mais de uma vez. Numa delas, uma publicação francesa relatou a história de sua separação -que nunca aconteceu- de Anne, sua segunda mulher.
Outra vez, um programa de TV teria descoberto a presença de supositórios no lixo da casa do ator. "Até isso vasculharam."
Para ele, o grande problema é que os tablóides acabaram influenciando a atuação de jornais ditos sérios, tipo "The New York Times" e "Washington Post".
"No passado não era assim. Todos nós tínhamos conhecimentos sobre a vida sexual do presidente Kennedy, mas não era um assunto para ser discutido na mídia."
(JCA)

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