São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Planet Hemp festeja 200 mil cópias

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Comemorando as 200 mil cópias vendidas de seu segundo disco, "Os Cães Ladram mas a Caravana Não Pára", lançado em julho, a banda Planet Hemp faz hoje último show do fim-de-semana, no Palace.
Polêmico por defender a legalização da maconha, o Planet Hemp (tradução: planeta maconha) conseguiu grande destaque com o primeiro disco, "Usuário" -mais de 100 mil cópias vendidas-, no qual explorou ao máximo o tema.
Nesse segundo trabalho, o grupo, que toca -como eles mesmo definem- rap-rock'n'roll-psicodelia-hardcore-ragga, fala menos da erva e aborda outros assuntos, como a violência nos jogos de futebol, em "Paga Pau", e a falta de identidade dos rappers brasileiros, em "Rappers Reais".
Marcelo D2 afirma não querer "mudar o mundo". Diz que apenas quer brigar pela liberdade de expressão e falar sobre coisas de seu cotidiano.
Na música "Zerovinteum", por exemplo, o tema abordado é a violência da cidade do Rio de Janeiro, onde nasceu a banda.
Os sucessos do primeiro disco, como "Legalize Já" e "Dig Dig Dig", também estão no repertório desse show, assim como "Queimando Tudo", faixa de trabalho do segundo disco.
Formada por Marcelo D2 (vocais), Rafael (guitarra), Bacalhau (bateria) e Formigão (baixo), a banda divide o palco com Gustavo Black Alien (vocal), Negalê (percussão) e com o DJ Zé Gonzales.
Devido à temática principal da banda, o Planet Hemp costuma ter problemas de censura nos lugares por onde passa.
No dia 30 de julho, o grupo foi proibido de apresentar seu show em Salvador (BA). Em Vitória (ES), Brasília (DF) e Curitiba (PR), os shows também foram vetados.
Já nos lugares onde conseguem tocar, os fãs da banda acabam encontrando um policiamento bem mais intenso do que os armados para outros eventos.

Show: Planet Hemp
Quando: hoje, às 20h
Onde: Palace (av. dos Jamaris, 213, Moema, tel. 531-4900)
Quanto: de R$ 25 a R$ 40

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