São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997
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Encontrado laboratório de refino de coca em assentamento do Incra

RUBENS VALENTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A Polícia Civil de Nova Andradina (MS) descobriu um pequeno laboratório de refino de cocaína num assentamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
A droga, produzida no assentamento, segundo o delegado Cícero Barbosa, 40, ia para as cidades de Campinas e São Paulo (SP).
Foram presas sete pessoas, mas nenhuma é cadastrada pelo Incra nem ligada a algum movimento de trabalhadores rurais.
A operação -que foi desencadeada no sábado e acabou na tarde do último domingo- foi realizada após um mês de investigação. Um policial civil de Bataguassu (MS) trabalhou infiltrado na quadrilha.
O minilaboratório funcionava no lote de Antônio Carlos de Araújo, 34, no assentamento Casa Verde, a 30 km de Nova Andradina (296 km a leste de Campo Grande). Segundo a polícia, Araújo havia comprado o lote de um assentado.
A polícia apreendeu 1,5 kg de cocaína refinada e 1,5 kg de pasta-base, suficiente para produzir mais 1,2 kg da droga. Segundo o delegado Cícero Barbosa, há uma semana a quadrilha teria enviado 10 kg de cocaína para Campinas (SP).
Com os acusados, a polícia apreendeu uma camionete D-20, um automóvel Santana, uma van Towner e dois revólveres calibre 38.
No lote de Araújo, a polícia encontrou dois tambores com resquícios de éter e acetona -produtos usados para refino de cocaína-, balanças, barras de ferro, embalagens e fitas adesivas.
Segundo o delegado Barbosa, todos os acusados já estão com advogados contratados e se negaram a prestar depoimento à polícia, preferindo só falar em juízo. Entre os presos, há um pecuarista e dois corretores de imóveis.

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