São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997
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Bolsa tem menor volume desde janeiro

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A expectativa dos investidores com relação à divulgação das regras de privatização do Sistema Telebrás esfriou mais um pouco a Bolsa de Valores de São Paulo, que no fechamento registrava apenas R$ 276,9 milhões negociados, o menor volume desde 20 de janeiro.
A divulgação das regras, segundo informou o ministro Sérgio Motta (Comunicações), deve ocorrer no dia 2 de outubro.
Telebrás PN, concentrando 41,4% dos negócios, fechou com alta de 0,94%, sendo vendida a R$ 139,50 (o lote de mil ações).
O mercado também está aguardando o resultado da reunião do Federal Reserve (o banco central norte-americano), que vai analisar os juros da economia dos EUA.
Uma eventual alta das taxas básicas por lá -o que dificilmente deve ocorrer, segundo analistas- tenderia a drenar dólares do mercado financeiro nacional para o norte-americano.
'Hedge' cambial
O Banco Central anunciou ontem que vai realizar novo leilão de títulos atrelados à variação do câmbio, o que deve ocorrer hoje.
Será leiloado um total de R$ 2,7 bilhões em papéis com prazo de vencimento de seis meses a cinco anos. O anúncio do leilão fez com que as cotações do dólar no mercado futuro, da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), voltassem a recuar.
O dólar para entrega em novembro, por exemplo, recuou 0,04%, sendo negociado a R$ 1,106.
Nova York
A Bolsa de Nova York fechou ontem com alta de 0,87%, com o índice Dow Jones de 30 ações industriais a 7.991,43 pontos.
O desempenho das cotações demonstra que os investidores estão apostando na manutenção das taxas básicas de juros da economia norte-americana na reunião do banco central dos EUA que acontece nesta semana.
Nesse encontro, o Federal Reserve tratará de avaliar sua política monetária e poderá decidir mudar as taxas básicas da economia. No momento, no entanto, essa possibilidade parece bastante remota, já que a inflação está sob controle.
Os juros no nível atual, baixo em termos históricos, favorecem as Bolsas ao acelerar o ritmo da economia e reduzir a rentabilidade das aplicações de renda fixa.

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