São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997 |
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"Comédia" será exibida no Leste Europeu
FRANCISCO MARTINS DA COSTA
Apesar dos números impressionantes, a feira não trouxe grandes novidades nesta edição, e alguns brasileiros presentes ao evento não se mostraram satisfeitos com os resultados. "Não compramos nada. Tudo que gostamos já tem os direitos reservados para o Brasil", lamenta o empresário e apresentador Silvio Santos, dono do SBT, que estava em Cannes acompanhado por Rick Medeiros, um de seus consultores na direção da emissora. No estande da Globo, o movimento parecia melhor. O seriado "A Justiceira", que estava sendo negociado pela primeira vez, já tinha vários interessados. Mas o mais interessante eram os nomes que alguns programas ganharam para serem comercializados no exterior, "Tabloid Stories", a nova designação para "A Vida como Ela É", já está sendo exibido na França, na Estônia, na Eslováquia e na República Tcheca. O Leste Europeu é também o grande mercado para "A Comedy of Private Lives", ou "A Comédia da Vida Privada", cujo novo slogan é "o lado engraçado do casamento -se é que existe algum!". Um pacote com 13 episódios da série foi comercializado com emissoras da Eslováquia e da República Tcheca. Outras produções brasileiras estão tentando a sorte em Cannes. A série "Confissões de Adolescente" foi vendida para televisões de Portugal e da Finlândia. As novelas "O Campeão" e "Perdidos de Amor", produzidas pela TV Plus e exibidas pela Rede Bandeirantes, já estão sendo comercializadas para países da América Central. Na Mipcom 97, no entanto, o Brasil não aparece apenas como um fornecedor ou comprador de programas e formatos. A edição de outubro da revista "Broadcasting & Cable", uma das mais influentes em todo o mundo na área de televisão, apresenta a China, a Índia e o Brasil como os três principais mercados para os investidores do setor no século 21. Segundo a publicação, o Brasil tem uma grande avidez por televisão (o brasileiro assiste, em média, quatro horas de TV por dia, contra 3,3 dos europeus) e uma incipiente penetração da TV paga (menos de 10% dos domicílios com TV são assinantes de algum dos serviços disponíveis). Esses fatores, somados à população de 160 milhões, transformam o país em um dos mais atraentes mercados do mundo para investidores, programadores, fabricantes de equipamentos e operadores de TV paga. O colunista José Simão está em férias. Texto Anterior: Profeta está entre o moderno e o arcaico Próximo Texto: 'Operação' salva o dia Índice |
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