São Paulo, sexta-feira, 4 de dezembro de 1998
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De ACM ao FMI

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi "a primeira grande derrota" de FHC no Congresso, dizia a Globo já na madrugada de ontem.
Arnaldo Madeira, líder do governo na Câmara e nome de Mário Covas junto a FHC, anunciou logo uma pequena vingança, à la Covas, contra os deputados:
- Nós teremos cortes na área de investimentos, que envolve investimento de emendas parlamentares.
ACM ameaçou os deputados ao estilo de ACM:
- Os que não forem leais devem sair até mesmo dos partidos.
Um vingativo, o outro autoritário, os homens-fortes do governo FHC marcaram a sua reação.
Mas a ameaça maior estava por vir, não contra parlamentares, mas contra o país. Na Globo News:
- O Brasil não receberá o empréstimo do FMI enquanto o Congresso não aprovar a parte bilateral do pacote de ajuda. A primeira parcela é de US$ 5,3 bilhões. A notícia foi dada em Washington pelo porta-voz do FMI.
*
A CNN já vinha mostrando, durante todo o dia, o quanto a "grande derrota" preocupava, no exterior:
- Investidores em Wall Street e ao redor do mundo estão nervosos depois que o Brasil fracassou na aprovação de uma medida chave em seu pacote de austeridade.
A rede de notícias acompanhou a queda na Bolsa de Valores de São Paulo de meia em meia hora, registrando que a América Latina seguia o Brasil, em contraste com as altas nas Bolsas européias.
*
Após o fechamento de reportagem sobre a divisão na Globo, em função do "maníaco do parque" ("Ilustrada", pág. 4- 1), o diretor de jornalismo da emissora, Evandro Carlos de Andrade, enviou fax a este jornalista, recusando-se a responder às questões feitas.

E-mail: nelsonsa@uol.com.br

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