São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998
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Mário Covas tem a melhor avaliação de seu mandato

CLÓVIS ROSSI
DO CONSELHO EDITORIAL

O governador reeleito de São Paulo, Mário Covas, obteve em dezembro a sua melhor avaliação pelo eleitorado paulista em todas as pesquisas feitas pelo Datafolha durante seu mandato.
A gestão Covas foi considerada "ótima/boa" por 38% dos 2.031 consultados em todos o Estado, nos dias 10 e 11 passados.
São sete pontos percentuais acima do índice registrado na pesquisa anterior (8 de julho).
Só em dezembro de 1995, ao terminar, portanto, seu primeiro ano de gestão, Covas obtivera porcentagem tecnicamente idêntica de "ótimo/bom" (37%).
Mas é a primeira vez que o governador consegue ter uma maioria relativa de "ótimo/bom", posto que sua gestão é "regular" para 36% e "ruim/péssima" para 23%. Os que não opinam são 3%.
Já os 37% de "ótimo/bom" de dezembro de 95 eram superados pelos 40% de "regular".
Há duas possíveis razões para explicar a melhora na avaliação do governador paulista:
1 - o fato de ter conseguido reeleger-se depois de uma campanha penosa, em que só conseguiu passar para o segundo turno com os últimos votos apurados pelo Tribunal Regional Eleitoral.
É usual que o candidato vitorioso desperte expectativas mais positivas. Tanto é assim que, se 38% consideram "ótimo/bom" o primeiro governo Covas, são bem mais (49%) os que esperam um segundo mandato com essa mesma característica;
2 - uma natural simpatia do público para com uma pessoa que acaba de sofrer grave problema de saúde. Covas foi internado no Incor, para duas operações, uma na próstata e, outra, para a extração de um câncer da bexiga, dias antes de a pesquisa ser realizada.
Covas termina o seu mandato com nota média 5,6, exatamente a mesma obtida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, conforme pesquisa do Datafolha ontem publicada por este jornal.
É um dado significativo, pois a avaliação de FHC, anteriormente, sempre ficava acima da de seu companheiro de partido.
Também como FHC, Covas tem mais prestígio no interior (42% de "ótimo/bom") do que nas regiões metropolitanas (34%).
Mas, em termos de escolaridade e renda, o governador apresenta desempenho melhor entre os mais ricos e entre os de educação superior (veja quadro abaixo).

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