São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998
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Dívidas corroem a renda de Batista e minam seus sonhos da casa própria

RITA NAZARETH
DA REPORTAGEM LOCAL

Sair da casa dos pais e comprar um apartamento onde possa morar sozinho é a meta do gerente Cláudio Roberto Batista, 22, para os próximos três anos.
O apartamento que tenciona comprar vale entre R$ 35 mil e R$ 38 mil. Seu grande obstáculo são suas dívidas, que representam mais da metade do que ele recebe como salário mensalmente.
"Ganho R$ 2.200 e assumi R$ 1.100 em dívidas de cheque especial", diz Batista. "O grande problema é que só consigo economizar, mensalmente, R$ 340 do que ganho."
Segundo a Forex Financial Services, Batista deve usar suas economias para pagar as dívidas do cheque especial o quanto antes, para não ter de ficar sujeito a um juro de 12% ao mês.
O que diz o BankBoston
"É melhor que essas pendências sejam resolvidas logo, pois consomem, mensalmente, R$ 132 de seu salário em juros", diz Fernando Cruz, diretor de crédito imobiliário e poupança do BankBoston.
Segundo o banco, assim que Batista conseguir saldar sua dívida de cheque especial, ele deve aplicar em um fundo DI de 60 dias, que é indexado ao juro de mercado.
Um fundo desse tipo renderia, em média, 1,5% ao mês, segundo Dilma Barbosa de Lima, diretora-adjunta de investimentos do BankBoston.
Para ela, o fundo DI pode render menos que outros tipos de aplicação, mas é o investimento mais seguro para quem quer obter uma quantia garantida em um prazo tão curto.
"Em um prazo de 27 meses, ele teria dinheiro suficiente para pagar a entrada do financiamento de um imóvel", afirma Dilma.
Segundo cálculos do banco, Batista conseguiria acumular cerca de R$ 11 mil até lá. "Esse é o mínimo a ser dado como entrada em um financiamento de imóvel do valor que ele deseja comprar", diz Cruz.

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