São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998
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Chuva de turistas inundará Roma

CARLA ARANHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Na passagem de 2000 para 2001, na virada oficial do milênio, prepare-se para navegar em um mar de turistas se estiver em Roma. A expectativa do departamento de Turismo do governo italiano é que 20,5 milhões de pessoas visitem a cidade no ano 2000, contra os 14,1 milhões que costumam frequentá-la a cada ano.
O motivo de tão inflacionada procura é o Jubileu do ano 2000, com um extenso calendário de comemorações dos dois milênios do nascimento de Cristo. Como será uma festa 100% religiosa, deverá atrair, basicamente, religiosos e católicos praticantes.
O governo italiano estima que a maioria dos turistas terá mais de 50 anos de idade e um nível de instrução médio. Entre os estrangeiros, 85% estarão indo a Roma pela primeira vez e deverão voltar seus olhos para manjados pontos turísticos, como o Coliseu, o Fórum e as principais igrejas.
Se você prevê que com isso os principais cartões-postais da cidade vão registrar um movimento recorde, acertou. O governo italiano concorda com você, segundo uma pesquisa recente sobre visitas a Roma no ano 2000, e estima que o mês de maior pico de turistas deverá ser maio, com 4 milhões de visitantes. Como a cidade possui cerca de 3,5 milhões de habitantes, haverá o dobro de pessoas no mesmo espaço. Em dezembro, o número de turistas deve chegar perto de 1 milhão.
Caçada por quartos
Além da onda de turistas, que deverá varrer os principais monumentos da capital italiana, será preciso administrar ainda outro inconveniente no ano 2000: a grande demanda por hotéis. O próprio governo italiano está prevendo que haverá mais turistas do que quartos de hotel em Roma.
Quem pretender passar a virada do milênio na capital do mundo antigo terá de fazer reservas com pelo menos três meses de antecedência. Se você quiser se hospedar em um hotel econômico, planeje a viagem uns quatro meses antes da data de embarque.
Esse tipo de acomodação deverá ser o mais procurado na cidade, dada a condição social da maioria dos visitantes -tanto os italianos como os estrangeiros-, de classe média.
Segundo o departamento de Turismo italiano, até as associações católicas, que costumam receber turistas por preços convidativos, vão ser obrigados a dizer "não" para quem não seguir os mandamentos não-oficiais do Jubileu: planejar, reservar e se programar para não sair muito molhado na chuva de turistas que promete inundar a cidade das fontes, das esculturas e dos amores no fim deste milênio.

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