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Baladona dos Bálcãs começa hoje em SP

Sesc Pompeia recebe grupos nacionais e internacionais para festival de danças e músicas da península europeia

A programação do evento inclui também festas, aulas abertas e cursos para professores do ensino fundamental

IARA BIDERMAN DE SÃO PAULO

A partir de hoje, turcos, gregos, búlgaros, sérvios, ciganos e simpatizantes estarão em São Paulo colocando na roda sua herança de ritmos e movimentos.

O Festival de Música e Danças dos Bálcãs, que começa nesta noite no Sesc Pompeia com a apresentação da banda brasileira Mawaca e suas interpretações de músicas dos povos nômades, é a maior reunião de grupos internacionais e nacionais dedicados às artes da península balcânica.

A programação de duas semanas inclui, além das apresentações de música e dança, aulas abertas e cursos para professores do ensino fundamental e várias festas.

A dança é fio condutor de todas as atividades, segundo a paulistana Betty Gervitz, curadora do evento, professora e pesquisadora dessas e outras danças étnicas.

"A península balcânica é a parte do mundo onde a roda tem mais força. Até por questões políticas, eles mantiveram esse estilo coletivo de dançar", diz Gervitz.

A música vem junto, sempre. Pesquisador das danças de seu país, o grego Kyriakos Moisidis afirma: "Para os músicos, não faz sentido tocar se não é para dançar. E vice-versa para os bailarinos".

Um dos convidados do festival, Kyriakos se apresentará com a banda Methorios. Ele também vai ensinar, em workshops, os diferentes estilos de dança de seu país.

"As pessoas pensam que conhecem dança grega, mas só conhecem o que é feito para turistas ou para o cinema. Vou ensinar coisas de diversas áreas do país, com passos e ritmos diferentes dos que as pessoas estão acostumadas a ver. Será uma viagem por toda a Grécia", afirma.

TURQUIA

Outra viagem, no mesmo barco do festival, será comandada pelo turco Ahmet Luleci, que vem com o Istambul Quartet. Vivendo nos Estados Unidos desde 1985, onde dirige o Collage Dance Ensemble, Luleci combina uma carreira de bailarino profissional com aulas e eventos de dança para amadores.

"É incrível que, muitas vezes, você pode fazer exatamente os mesmos movimentos feitos no palco, só que com dezenas, centenas de pessoas", diz. Há um apelo especial porque, em vez de cada um dançar só, todos embarcam na mesma coreografia", diz Luleci.

O interesse pela cultura balcânica está crescendo, segundo o canadense Yves Moreau, 65, que se apaixonou pelas danças de roda búlgaras quando tinha 17 anos.

"Em grandes cidades como Montréal, onde vivo, as pessoas querem ter uma sensação de pertencimento, e fazer essas danças é como recriar uma aldeia", diz Moreau.

Com a Orquestra Izvor, ele vai mostrar as sutilezas que diferenciam a dança da Bulgária da de seus países vizinhos, assim como o estilo peculiar de tocar instrumentos conhecidos, como o acordeom, ou exóticos como a gaida, gaita de fole búlgara.

Finalizando o elenco internacional, o americano Michael Ginsburg e mais uma dezena de músicos de sua brass band Zlatne Uste vão botar a boca no trombone para fazer todo mundo dançar.

Além das apresentações e dos workshops de dança, a programação terá práticas de música com os grupos internacionais convidados.

O festival também terá bandas nacionais: Mawaca, que abre a programação, Bálkãn Neo, com sua fusão de ritmos dos Bálcãs com música instrumental brasileira, Mutrib e sua pesquisa de sons mediterrâneos, ciganos e orientais, e Orkestra Bandida, especializada no fasil, estilo cigano tocado em cabarés.

Nas festas programadas, os grupos brasileiros e internacionais vão tocar com um DJ as músicas e danças aprendidas nos workshops ou improvisadas na hora.


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