Crítica - Comédia
Longa não ficará na história, mas entretém toda a família
Com humor despretensioso, filme baseado em best-seller é superior à média
Adaptada do primeiro volume de uma trilogia de livros infantis de enorme sucesso nos EUA --escrita por Judith Viorst e publicada originalmente em 1972--, "Alexandre e o Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso" apresenta uma família californiana comum que atravessa um momento incomum.
Tudo começa quando Alexandre (Ed Oxenbould), um garoto prestes a completar 12 anos, tem um dia daqueles em que nada dá certo.
A sucessão de pequenas e grandes calamidades surge logo que ele sai da cama com um chiclete grudado no cabelo. Pouco depois, na escola, quase põe fogo acidentalmente na sala de aula.
Na manhã seguinte, ele relata suas agruras à família, que não dá muita atenção. Então Alexandre deseja a eles que sofram também seu quinhão de infortúnios; assim, quem sabe, eles será mais bem compreendido.
Naturalmente, tudo começa a dar errado para o pai (Steve Carell), a mãe (Jennifer Garner), o irmão mais velho (Dylan Minnette) e a irmã (Kerris Dorsey). Nem o caçula Trevor, que deve ter pouco mais de um ano, escapa.
A avalanche de quiproquós se precipita e dá ensejo a uma série de gags que faz com que os 80 minutos do filme passem rapidamente.
Delirantes, mas às vezes previsíveis, as enrascadas vividas pela família têm um humor despretensioso e podem entreter crianças e adultos.
Como convém a uma produção dos estúdios Disney, apesar das situações muitas vezes vergonhosas, no final a unidade do núcleo familiar é celebrada, felizmente sem emocionalismo. Se não ficará na história, a comédia é ao menos superior à média.