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Ciclo exibe filmes famosos e tesouros pouco conhecidos

"Verão de Clássicos" começa hoje na Cinemateca e acontece até 27 de fevereiro

Programação reúne destaques como "A Paixão de Joana d'Arc", de Dreyer, e longa de Samuel Fuller para a TV

CRÍTICO DA FOLHA

Depois de quatro anos, o programa conquistou seu status de clássico.

No verão, a Cinemateca apresenta raridades de seu acervo, uma oportunidade para conhecer títulos que escapam à atenção mesmo de especialistas e ver obras que devolvem todo o sentido à palavra "cinema" quando exibidos em tela grande.

Neste ano, a seleção de janeiro do ciclo "Verão de Clássicos" (que prossegue até 27 de fevereiro com outros títulos) oferece seu coquetel refrescante feito de uma mistura de obras canonizadas com realizações pouquíssimo conhecidas até por cinéfilos que já viram tudo.

Entre os que integram qualquer lista do tipo "1001 filmes para ver antes de morrer", a mostra exibe obras incontornáveis como "A Paixão de Joana d'Arc", dirigida em 1928 por Carl Theodor Dreyer, cineasta do qual Lars von Trier copia quase tudo sem dar os créditos.

Na mesma vertente de martírios femininos, nunca se sofre tanto diante de tanta beleza como em "O Intendente Sansho", de Kenji Mizoguchi.

Também do Japão, Shohei Imamura, no auge de sua audácia, reinterpreta a sexualidade feminina numa perspectiva politizada e despudorada em "Desejo Profano".

Antes da estreia de "Carnage", o novo e aguardado filme do cineasta Roman Polanski, rever "Armadilha do Destino", feito em 1966, ajuda a entender como uma obra autoral se faz à base de obsessões formais e de recorrências temáticas.

Os prazeres mais intensos podem ser revividos com a trilogia de Carlos Saura, que mistura música, dança e cultura hispânicas em saborosas sangrias. Ou ainda com nostalgia pelos tempos movidos por utopias revolucionárias, nas exibições de "A Batalha de Argel" (1966), um dos maiores clássicos do cinema político.

O drama de guerra alemão "O Outro Lado", de 1931, e o faroeste "Quando os Homens São Maus", produção para a TV codirigida por Samuel Fuller em 1967, compõem a cota de tesouros que só frequentadores de cinematecas adquirem o direito de usufruir. (CÁSSIO STARLING CARLOS)

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