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Romeu e Julieta 'modernoso' chega a SP

A peça "R&J de Shakespeare - Juventude Interrompida" traz quatro homens interpretando todos os personagens

Estreia dá início ao projeto "Experimento Shakespeare", que o Sesc Belenzinho promove até o dia 29/2

Luiz Paulo Nenen/Divulgação
Os atores Rodrigo Pandolfo e João Gabriel Vasconcellos (ao fundo, de barba) em cena da peça "R&J de Shakespeare"
Os atores Rodrigo Pandolfo e João Gabriel Vasconcellos (ao fundo, de barba) em cena da peça "R&J de Shakespeare"

MARCIO AQUILES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A peça "R&J de Shakespeare - Juventude Interrompida" estreia em São Paulo neste sábado, no Sesc Belenzinho, como parte do "Experimento Shakespeare", projeto composto de outras encenações, leituras dramáticas e oficina de dramaturgia.

O texto é uma adaptação da obra "Romeu e Julieta" feita pelo dramaturgo norte-americano Joe Calarco, em que quatro estudantes de um colégio interno decidem reinterpretar o clássico teatral.

Os atores Felipe Lima, João Gabriel Vasconcellos, Pablo Sanábio e Rodrigo Pandolfo representam quase todos personagens presentes na versão original.

"Essa peça requer muita prontidão e agilidade dos atores. O papel da Julieta, por exemplo, é de difícil aproximação, com um homem interpretando, e não queríamos nenhuma caricatura", afirma o diretor João Fonseca.

O cenário e o figurino seguem a linha minimalista.

"Não utilizamos nenhum elemento externo ao que haveria em sala de aula. Usamos réguas como espadas, esquadros como máscaras e casacos como saias", conta Felipe Lima, um dos idealizadores da montagem.

"Há também breves cenas em que homenageamos outras versões célebres de Romeu e Julieta, como as montagens do Galpão, do Antunes Filho ou o filme de Baz Luhrmann", completa Lima.

DRAMATURGIA

A universalidade e a amplitude dos temas abordados pela peça são destacados pelo diretor João Fonseca.

"O confronto entre as duas famílias poderia ser extrapolado para dois países ou duas raças, pois o que há, no fundo, é um discurso sobre a intolerância. No caso da peça, ela culmina no sacrifício dos jovens", diz.

O diretor também aponta o trabalho de Geraldo Carneiro, que verteu a peça de Calarco para o português.

"A tradução captou toda a poesia do texto. Ele conseguiu tornar coloquial e espontâneo um texto em verso. Tirou qualquer cara de rebuscado e antigo que ele pudesse ter", diz.

A montagem está indicada ao Prêmio Shell de melhor trilha sonora (por André Aquino e João Bittencourt).

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