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Mayer Hawthorne volta ao Brasil com show do segundo CD Cantor americano diz que seu plano era seguir carreira no hip hop, mas gravadora preferiu suas músicas de soul Músico, que teve segundo álbum bem recebido pela crítica, se apresenta amanhã em São Paulo, no Cine Joia
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Em uma terça-feira qualquer de janeiro do ano passado, o músico Mayer Hawthorne caiu de amores por uma festa de hip hop. Vestindo calça de alfaiataria e camisa branca, o americano declarou que não havia mais festas como aquela em sua terra natal. "Se houvesse, eu iria todo dia", disse. Se apresentaram naquela noite na festa Chocolate, que acontece semanalmente na Clash Club, na Barra Funda, o DJ Zegon e o MC Marechal. O último, carioca da gema, surpreendeu o gringo com uma sequência ininterrupta de versos em "freestyle", inventados na hora. Quem não conhece Hawthorne, branquelo e "almofadinha", pode estranhar, mas ele garante que o hip hop é a música que faz seu coração bater mais forte. Antes de lançar seu primeiro disco de soul, "A Strange Arrangement", com o qual fez turnê pelo Brasil no ano passado abrindo shows de Amy Winehouse (quando conheceu a tal festa), Hawthorne queria mesmo ser rapper. "Eu me mudei para Los Angeles para começar uma carreira no hip hop", diz o músico nascido na pequena Ann Arbor, no Michigan. "Em uma festa, conheci o pessoal da [gravadora] Stones Throw. Quando eles ouviram minhas músicas, não gostaram muito da parte hip hop, mas adoraram as músicas mais soul. Eu nem imaginava, fiz tudo de brincadeira no meu quarto", conta. "Quando me perguntaram se podiam lançar o disco, pensei que seria uma ótima oportunidade de mostrar meu nome para as pessoas até que, um dia, pudesse ser visto e respeitado como produtor de hip hop", diz. A estratégia não deu muito certo, já que, para o grande público, Hawthorne foi enquadrado na categoria de cantores do novo soul, assim como Adele e Cee Lo Green. Conformado, ele decidiu abraçar a causa e lançou no ano passado seu segundo disco, "How Do You Do?", que fez sucesso com a crítica. "Resolvi não mudar muito meu estilo no novo álbum. As pessoas gostaram tanto do primeiro que eu simplesmente tentei fazer algo parecido." Para ele, a única diferença para o outro disco é que neste ele sabe cantar. "Eu cantava muito mal. Não sei como as pessoas gostavam". E como aprendeu? "Errando." Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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