Gruff Rhys toca com músicos do Pato Fu

Desde que o galês Gruff Rhys, 41, líder da banda Super Furry Animals, comprou seus primeiros discos de música brasileira até a sua quinta vinda ao país, nesta semana, passaram-se 20 anos.

"No começo dos anos 1990, eu ouvia muito Mutantes, Caetano Veloso, Gal Costa e Tom Zé", contou ele à Folha, do País de Gales, onde vive.

Tanto interesse se transformou em amizades e projetos colaborativos. Rhys já tocou em discos dos brasileiros Kassin, Rodrigo Amarante (ainda não lançado) e Tony da Gatorra.

Com este, ele excursionou no País de Gales em 2010.

E volta agora ao Brasil para se apresentar com os mineiros John Ulhoa, 46, e Fernanda Takai, 40, da banda Pato Fu.

"Nos conhecemos há dez anos em um estúdio, na Inglaterra. Desde então, nunca perdemos contato", conta Rhys, para quem há ligações óbvias entre a música de Ulhoa e Takai e a feita por ele.

"Somos filhos da mesma geração, que cresceu fazendo rock melódico e se arrisca em experimentações, como gravar tocando instrumentos de brinquedo."

No show, que acontecerá hoje, em São Paulo, Rhys e os Pato Fu se apresentarão individualmente e, ao fim, juntos, quando tocarão algumas versões e músicas ao sabor do improviso.

"Vai ser um show-aventura", resume ele, que amanhã se apresenta sozinho no mesmo local e depois partirá para shows em Buenos Aires, na Argentina, e em Curitiba.

DISCO NOVO

Com mais de 20 colaborações em discos e shows de terceiros no currículo, o cantor e compositor tem tido tempo para aumentar a marca.

Não raro o Super Furry Animals, formado em 1993, entra em hiatos. É quando cada um dos membros pode tocar seu barco livremente.

"Faremos um show nos próximos dias, mas não temos planos de gravar um novo disco. Mas logo mais lançaremos álbuns solo. "