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Pianista Idil Biret se apresenta hoje tocando Bach, Beethoven e Chopin

Nascida na Turquia, artista ganhou fama internacional ao gravar 44 álbuns em apenas 14 anos

Após integrar projeto inovador no mercado fonográfico da música erudita, ela tem hoje seu próprio selo

Divulgação
Biret toca hoje ao piano transcrição só para mão esquerda de peça para violino de Bach
Biret toca hoje ao piano transcrição só para mão esquerda de peça para violino de Bach

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

São Paulo tem hoje a chance de ouvir ao vivo uma pianista que estabeleceu sua reputação pelo disco. A turca Idil Biret, 70, dá recital solo na Sala São Paulo.

Biret era um nome relativamente obscuro há 20 anos, quando Klaus Heymann levou-a para sua gravadora, a Naxos, que estava revolucionando o mercado fonográfico erudito com a distribuição internacional de um catálogo de vocação enciclopédica, a preços baixos.

Seu primeiro projeto, a integral de Chopin de Biret para o novo selo foi um sucesso de crítica e público.

Entre 1989 e 2003, a artista gravou nada menos que 44 CDs, abrangendo desde o repertório tradicional a autores contemporâneos, como Boulez e Ligeti, com uma venda estimada de 3 milhões de cópias. Atualmente, ela possui sua própria firma, a "Idil Biret Archive", cujas gravações são distribuídas pela Naxos.

Nascida em Ancara, ela começou a estudar piano com o pai, aos três anos, mudando-se ainda na infância para a França. Graduou-se aos 15 no Conservatório de Paris e teve três mestres de estatura mitológica: Nadia Boulanger (1887-1979), Alfred Cortot (1877-1962) e Wilhelm Kempff (1895-1991).

Se Boulanger lidava com questões musicais mais gerais, Cortot e Kempff estiveram entre os maiores pianistas do século 20. Para Biret, as abordagens de ambos sobre o instrumento eram similares: "Eles focavam na importância de tocar sem pausas, na maneira certa de usar os pedais, na forma das obras e em seus pontos de tensão".

APRESENTAÇÃO

Ambicioso, o programa de hoje abre com uma versão para piano da "Chacona" para violino de solo de Bach. Não se trata, contudo, da célebre transcrição de Ferruccio Busoni, mas da feita por Brahms, na qual o pianista deve usar apenas a mão esquerda.

Em seguida, vem a "Sonata Waldstein", de Beethoven, compositor cujas 32 sonatas ela já gravou. E, para fechar, Chopin: dois noturnos e uma prova de virtuosismo, com os 12 "Estudos op. 25"

"Quando gravei a integral de Chopin para a Naxos, em 1992, recebi muitas mensagens de apreciação do Brasil e de outros países da América do Sul", conta. "Espero que os que gostaram dessas gravações possam ouvir Chopin nesse concerto". A receita da apresentação será revertida em benefício de instituições de caridade.

IDIL BIRET

QUANDO hoje, às 21h
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/n°, tel. 3223-3966)
QUANTO De R$ 60 a R$ 160
CLASSIFICAÇÃO 7 anos

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