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'Kikar' encena vivências de seus bailarinos

Espetáculo criado pelo israelense Nir de Volff foi desenvolvido com base nas experiências pessoais do elenco

Montagem que reúne integrantes do grupo alemão Total Brutal e bailarinos brasileiros integra a mostra Palcos

Lenise Pinheiro/Folhapress
Natália Fernandes e Jerônimo Bittencourt na peça "Kikar"
Natália Fernandes e Jerônimo Bittencourt na peça "Kikar"

MARCIO AQUILES
DE SÃO PAULO

"É o encontro das pessoas erradas, no lugar errado e na hora errada." Assim o coreógrafo israelense Nir de Volff define seu espetáculo "Kikar" (praça, em hebraico), que estreia hoje no Sesc Pinheiros.

A montagem integra a programação do festival Palcos, promovido pelo Centro da Cultura Judaica. O conceito da peça foi desenvolvido com base nas experiências pessoais dos bailarinos.

Volff trouxe de Berlim dois dançarinos de sua companhia Total Brutal, o australiano Chris Scherer e a alemã Katharina Horn, além do músico Claus Erbskorn.

Juntaram-se à trupe Simone Camargo, Jerônimo Bittencourt e Natália Fernandes.

"A ideia foi colocar juntas pessoas que não se conheciam. Eu trabalho como se fosse um psicólogo. Tentei observar seus comportamentos e desenvolvi o conceito da peça com base nas memórias, flashbacks e saudades de cada um", afirma Volff.

No início, cada dançarino se apresenta ao público com seu nome real e uma história pessoal, que foi trabalhada ficcionalmente ao longo dos dois meses de ensaios.

A coreografia e o texto refletem o estado de espírito de cada intérprete/personagem. Alguns movem-se sensualmente enquanto outros deslocam-se de maneira caótica.

"O Nir tem uma direção clara de movimentação e das cenas. A coreografia visa mostrar o exagero do desencontro entre esses personagens", diz Simone Camargo.

"Minha performance é baseada em movimentos expressionistas, que se iniciam de um jeito e terminam de outro, sempre de forma inflexível e rígida", explica Horn.

Imagine juntar todos esses elementos à "dança egocêntrica" de Scherer, à "brutalidade de movimentação" de Fernandes e às "quebras de articulação" de Bittencourt, como eles mesmos definem.

Haveria uma dança desarmônica? Não. Volff desenvolveu uma coreografia fluente, em que os movimentos se encaixam perfeitamente, apesar das diferenças de estilo.

KIKAR
QUANDO hoje e amanhã, às 21h; sábado, às 18h
ONDE Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, tel. 3095-9400)
QUANTO de R$ 8 a R$ 32
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

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