Sinfônica de Berlim volta a se apresentar no Brasil

A Alemanha é, para orquestras, o que a Espanha é para times de futebol: um centro mundial de excelência. Nesta semana, a temporada do Mozarteum Brasileiro abre com um dos maiores celeiros de craques sinfônicos germânicos: a Orquestra Sinfônica Alemã (Deutsches Symphonie Orchester).

Sediada em Berlim, a DSO, como é conhecida por lá, foi fundada em 1946, do lado ocidental do muro que dividia a cidade. Chamava-se Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim até 1993, quando adotou sua denominação atual.

Um dos responsáveis pela excelência do grupo é o russo de passaporte islandês Vladimir Ashkenazy, 74, que foi diretor da orquestra entre 1989 e 1999, e rege a sinfônica em sua vinda a São Paulo.

Hoje, às 16h, no Auditório Ibirapuera, a DSO faz uma apresentação especial para crianças, com ingressos esgotados. Amanhã, no mesmo local, mas ao ar livre (plateia externa), o concerto terá a participação da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo.

Segunda, no Municipal, a DSO toca a "Sinfonia n. 6 - Pastoral", de Beethoven, e a décima sinfonia de Chostakóvitch, enquanto, no dia seguinte, o programa traz o poema sinfônico "Don Juan", de Richard Strauss, e a quinta sinfonia de Mahler.

Ashkenazy também é diretor musical da Orquestra Jovem da União Europeia e da Sinfônica NHK, em Tóquio, e mantém cargos honoríficos em outras formações, como o de regente laureado da Sinfônica da Islândia.

"Surpreendentemente, a crise não afetou a Sinfônica da Islândia", diz o maestro. "No ano passado, foi inaugurada uma nova sala de concertos em Reykjavík, com o exterior todo de vidro, e acústica maravilhosa."