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SP recebe orquestra de câmara que mira repertório contemporâneo Criada em 1976, Ensemble Intercontemporain se tornou um centro de gestação de vanguardas Sob a regência do jovem maestro Jean Deroyer, conjunto faz curta temporada hoje e amanhã na Sala SP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O Ensemble Intercontemporain, orquestra francesa de câmara que é referência mundial no repertório contemporâneo, apresenta-se hoje e amanhã na Sala São Paulo, na temporada da Sociedade de Cultura Artística. O conjunto esteve pela última vez no Brasil em 1996, regido pelo maestro, musicólogo e compositor Pierre Boulez, que o criou em 1976 como apêndice do Ircam (Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústico-musicais), financiado pelo governo da França e que se tornou uma espécie de centro de gestação de vanguardas, se é que a palavra ainda faz sentido. Os músicos se apresentam sob a regência do jovem maestro Jean Deroyer, 33, e trazem como convidada para uma das peças do programa -"Cassandre", de Michael Jarrell- a atriz Marthe Keller. "Cassandre", gravada em 2009 pelo Ensemble, narra a história da filha da rainha Hécuba, de Troia, que ganhou de Apolo o dom da profecia. Porém, como ela não correspondeu ao amor dele, as profecias que produz, por vingança do próprio Apolo, não são levadas a sério. "Não chega a ser uma peça tonal, mas há uma correlação entre as notas que torna a escuta agradável para os não habituados a esse repertório", disse Deroyer à Folha. Para ele, a segunda metade do século 20 implodiu a noção de estilo musical e os compositores do século 21 produzem segundo concepções compartimentadas, como se as linguagens dialogassem muito pouco entre si. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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