Índice geral Acontece
Acontece
| Índice | Comunicar Erros

Crítica / Ação

Em filme de guerra realista, roteiro é o de menos

"Ato de Coragem" usa soldados e técnicas reais para retratar história clichê sobre mocinhos contra bandidos

Divulgação
Cena de "Ato de Coragem"
Cena de "Ato de Coragem"

RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

"Ato de Coragem" já foi classificado como um "pôster de recrutamento" em forma de cinema. E é. Tem até um detalhe curioso e inédito: os soldados americanos são de fato soldados americanos, não são atores.

Os críticos de cinema vão obviamente chamar o filme de "patrioteiro", um clássico clichê contra filmes americanos do gênero. Então tá. Mas, apesar de tudo, vale a pena assistir como um bom longa de ação. Sobra tiro, sobra sangue, sobram cérebros espalhados em paredes.

As cenas de combate são puro videogame. Várias foram filmadas durante treinamentos reais da força especial da Marinha americana, um dos mais rigorosos entre os militares do planeta.

Talvez as cenas de ação não reflitam todas as técnicas dos caras -não pegaria bem sair por aí divulgando seus truques-, mas as poses, o modo de segurar as armas e o jargão são perfeitos.

Como a Marinha dos EUA deu pleno aval ao projeto, as cenas de ação e o equipamento usado são realistas. Há um minissubmarino transportado por um submarino nuclear e lanchas rápidas armadas com metralhadoras. Os aviões são os usados pela força.

O roteiro é o de menos. Uma agente da CIA é capturada pelos caras malvados e é torturada. A equipe Seal vai ao seu resgate, infiltram uma base de narcoguerrilheiros na Costa Rica e são "exfiltrados" (sim, o termo é esse, exótico).

As informações que ela coletou permitem descobrir que um grupo de terroristas islâmicos planeja um grande ataque contra os EUA.

Para isso, os terroristas liderados por um psicopata da Tchetchênia têm ajuda de um contrabandista da ex-URSS e de um cartel de traficantes mexicano. E os bandidos são muito maus. Explodem uma caminhonete de sorvete matando criancinhas e torturam com uma furadeira elétrica.

Os Seals saem então matando gente em vários pontos do planeta. O bem triunfa, assim como um enorme número de clichês cinematográficos. Mas é divertido.

ATO DE CORAGEM
DIREÇÃO Mike McCoy e Scott Waugh
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Playarte Bristol e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO regular

| Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.