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Feira com obras mais baratas abre segunda edição hoje em SP

No porão do Paço das Artes, Parte oferece peças de até R$ 18 mil

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Uma semana depois de a Frieze ofertar cerca de R$ 3,5 bilhões em obras de arte espalhadas por dois pavilhões em Londres, uma feira mais modesta, com obras de no máximo R$ 18 mil, abre as portas hoje em São Paulo.

Tímida, a Parte quase se esconde no porão do Paço das Artes, museu na Cidade Universitária que está longe do circuito das instituições e galerias mais badaladas.

Em sua segunda edição, até domingo, a feira, que se propõe a ser mais acessível que as gigantes SP-Arte e ArtRio, quase dobrou de tamanho: foi de 22 a 42 galerias, com obras de 480 artistas.

Entre eles, estão nomes consagrados como Flávio de Carvalho, Tomie Ohtake, Cristiano Mascaro, Iberê Camargo, Rubens Gerchman, Paulo Pasta, Fernando Lemos e artistas em ascensão, como Nino Cais, que está agora na Bienal de São Paulo.

"Não são desconhecidos, todos esses artistas já passaram pelo crivo das galerias", diz Tamara Perlman, uma das organizadoras da Parte. "Muita gente não sabe que obras assim podem custar menos."

Mas o teto de R$ 18 mil imposto pela direção da feira limita a oferta aos suportes mais baratos, ou seja, fotografias e gravuras em edições com mais de um exemplar.

Serigrafias, quase maioria dos trabalhos à venda, acabam sendo opção para quem está começando agora a montar uma coleção de arte.

Há abstrações geométricas de Eduardo Sued, com uma obra de R$ 3.500 na galeria Papel Assinado, e Gonçalo Ivo, com outro trabalho de R$ 6.000 na mesma casa. Na Casa das Artes, uma serigrafia do artista Rubens Gerchman está à venda por R$ 2.880.

Nomes fortes da pintura, Tomie Ohtake e Paulo Pasta também têm serigrafias disponíveis na feira. Na Mônica Filgueiras & Eduardo Machado, uma peça de Ohtake custa R$ 3.500, enquanto a obra de Pasta tem etiqueta de R$ 1.800 na Papel Assinado.

Iberê Camargo, talvez o maior pintor com obras na feira, tem preços mais elevados. Uma de suas litografias sai por R$ 8.000 na Casa das Artes, enquanto outro trabalho na mesma técnica está à venda no estande da galeria Tina Zappoli por R$ 5.000.

Outro destaque é uma gravura em metal de Flávio de Carvalho, ofertada por R$ 3.200 na Casa das Artes, em que o artista moderno esboça várias mulheres nuas.

FOTOGRAFIA

Outra mulher nua, fotografada em alto contraste pelo surrealista português Fernando Lemos, é um dos maiores destaques entre fotografias.

No estilo que marcou a obra do artista no início da carreira, a obra de 1949 está à venda por R$ 10 mil no estande da galeria Fass, casa especializada em fotografia.

Mais realista, Cristiano Mascaro, fotógrafo conhecido por suas visões urbanas de São Paulo, tem uma obra de R$ 1.950 na Fotospot.

Também há obras de fotógrafos emergentes, como Edu Marin, que teve uma exposição no Centro Cultural São Paulo neste ano e está na Parte no estande da galeria Pilar.

Quem procura peças únicas não vai encontrar muitas opções na feira, mas terá a chance de comprar uma escultura de Nino Cais, parte de sua instalação na Bienal, por R$ 5.000 na galeria Central.

PARTE
QUANDO abre hoje às 15h (convidados); amanhã e sex., das 14h às 22h; sáb. e dom., das 12h às 20h
ONDE Paço das Artes (av. da Universidade, 1, feiraparte.com.br)
QUANTO grátis

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