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Regina Duarte recupera obra de autor piauiense

Com 50 anos de carreira, atriz encampa papel de uma retirante nordestina

Autor foi encenado nos anos 1960 pelo extinto Teatro dos Sete, com Fernanda Montenegro e Sérgio Britto no elenco

Divulgação
Regina Durate, em cena de "Raimunda, Raimunda"
Regina Durate, em cena de "Raimunda, Raimunda"

GUSTAVO FIORATTI
DE SÃO PAULO

"Quero os eleitores da Erundina", diz Regina Duarte, sobre o público que ela espera para "Raimunda, Raimunda", montagem que estreia amanhã no Raul Cortez.

Um pouco anacrônica, a associação com o histórico da paraibana Luiza Erundina, que foi prefeita de São Paulo entre 1989 e 1992, encontra terreno no velho tema do retirante castigado.

Com a montagem, a atriz resgata a breve obra do piauiense Francisco Pereira da Silva (1918-1985), que se dedicou a retratar a cultura nordestina combinando discurso social e comédia. "Os autores nordestinos não fazem nada 'cabeça' sem cair em piada", resume a atriz.

Com direção e atuação de Regina, o espetáculo junta dois textos do autor.

"Ramandá e Rudá" é protagonizado por uma mulher que vaga por ambiente devastado pela ação do homem. "Raimunda Pinto" traz uma retirante que deixa o Piauí para ir ao Rio de Janeiro.

As principais encenações de Chico Pereira são dos anos 1960. O extinto Teatro dos Sete (de Fernanda Montenegro), por exemplo, encenou seu "Cristo Proclamado".

O traço barroco de seus textos, diz Regina, encontra parentesco com a obra de Ariano Suassuna. Em cena, essa identidade resulta em um ritmo frenético de trocas de cenário e figurino. Ao lado da atriz, sete intérpretes se revezam em 22 papéis.

RAIMUNDA, RAIMUNDA
QUANDO Sex., às 21h30, sáb., às 21h, e dom., às 18h
ONDE Teatro Raul Cortez (r. Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, tel. 3254-1631)
QUANTO R$ 50 a R$ 60
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

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