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É Tudo Verdade termina hoje
Festival encerra sua 12ª edição; obra documental de Krzysztof Kieslowski domina a programação
"Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba", de Thomas Farkas, é pérola brasileira em cartaz; mostra segue para outras cidades
Divulgação
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Cena do curta "Da Cidade de Lodz", de Krzysztof Kieslowski, que será exibido no Cinesesc; diretor cursou escola de cinema no local
DA REPORTAGEM LOCAL
O Festival Internacional de
Documentários - É Tudo Verdade encerra hoje sua 12ª edição, com a programação centrada no homenageado do ano,
o cineasta polonês Krzysztof
Kieslowski (1941-1996).
Mais conhecido por sua obra
ficcional, como "O Decálogo" e
a Trilogia das Cores -"A Liberdade É Azul" (1993), "A Igualdade É Branca" (1994), "A Fraternidade É Vermelha"
(1994)-, Kieslowski é autor de
uma extensa obra documental,
de curtas, médias e longas-metragens.
Além dos filmes assinados
por Kieslowski, o festival traz
títulos a respeito do cineasta,
como "Ainda Vivo - Um Filme
sobre Krzysztof Kieslowski",
de Maria Zmarz-Koczanowicz,
atração no Centro Cultural
Banco do Brasil (15h30 e
19h30).
No mesmo local, será exibido
"Krzysztof Kieslowski: Eu Estou Mais ou Menos..." (17h30),
documentário concluído pouco
antes de sua morte prematura,
por ataque cardíaco.
Os títulos de Kieslowski serão exibidos no Cinesesc. Merecem destaque os curtas "Primeiro Amor" (1974), que abre a
sessão das 19h, e "O Ponto de
Vista de um Guarda Noturno"
(1977), que integra o pacote de
curtas da sessão das 21h.
O Brasil também comparece
hoje com uma pérola em formato de curta-metragem: "Pixinguinha e a Velha Guarda do
Samba", de Thomaz Farkas e
Ricardo Dias, que tem dez minutos de duração, será exibido
no Centro Cultural São Paulo,
em sessão conjunta com "Salvando o Jazz", de Leslie Woodhead (58 min.).
Quando estreou, no ano passado, no Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro, "Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba" conquistou o público e diversos prêmios.
Em 1954, Pixinguinha e outros bambas fizeram show no
Anhangabaú, dentro das comemorações pelo aniversário de
São Paulo. Cercado dos filhos,
Farkas filmou a apresentação.
O tempo passou, filhos e netos do lendário fotógrafo brasileiro cresceram, e Farkas esqueceu os negativos entre seus
guardados. Até há bem pouco
tempo, quando se deu conta do
valor das imagens.
Elas foram recuperadas, e o
som correspondente às músicas, superposto. "Pixinguinha e
a Velha Guarda do Samba"
mostra músicos que parecem
se divertir tanto quanto a platéia que os acompanha.
Às 20h, o Centro Cultural SP
promove a sessão do longa norte-americano "11 de Setembro:
A Verdade Urge", de Ray Nowosielski, exemplo de outro vetor temático do festival -filmes que abordam o terrorismo
e, sobretudo, as conseqüências
da "guerra ao terrorismo" decretada pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Encerrado em São Paulo, o
festival É Tudo Verdade, criado
e dirigido pelo crítico Amir Labaki, articulista da Folha, circula neste mês por Brasília (3/
4 a 15/4), Campinas (9/4 a 15/
4) e Porto Alegre (23/4 a 29/4).
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