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Titãs e Paralamas do Sucesso dividem palco paulistano na turnê Sempre Livre Mix, que teve início em maio, hoje e amanhã

RODRIGO DIONISIO
da Redação

Chega finalmente à cidade de São Paulo a turnê Sempre Livre Mix, que une no palco desde maio os grupos Titãs e Paralamas do Sucesso. A apresentação de hoje vai marcar a abertura para o público do Credicard Hall, maior casa de espetáculos do país, que teve shows conturbados esta semana (leia textos nesta página).
As apresentações da turnê, que já foram realizadas em Vitória (ES), Londrina (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF), Campinas (SP) e Sorocaba (SP), revivem uma "jam session" realizada no extinto Hollywood Rock, no qual as duas bandas tocaram juntas pela primeira vez.
"Com todos no palco, duas baterias, dois baixos, dois naipes de metais e duas percussões o som fica bem legal, muito mais pesado", diz Toni Bellotto, guitarrista e compositor do Titãs.
Mas as bandas não tocam o tempo todo juntas. A estrutura do espetáculo funciona assim: um dos dois grupos se apresenta durante 50 minutos e, para a última música, chama o outro, que se apresenta sozinho por mais 50 minutos; depois disso, durante 40 minutos, todos se reúnem.
"Nós alternamos a abertura de cada noite. No nosso show, fazemos um compacto das apresentações da turnê de "Volume 2", com uma parte acústica e outra eletrificada. O Paralamas toca o tempo todo eletrificado, apesar de interpretar algumas músicas do "Acústico'", afirma Bellotto.
Durante o grande final, com os dois grupos juntos no palco, o repertório repassa sucessos que marcaram as carreiras das bandas, como "Pólvora" e "Ska" do Paralamas e "Diversão" e "Lugar Nenhum" do Titãs. "É uma grande celebração de vitória depois de tantos anos de estrada para todos nós", resume Bellotto.
Entre as músicas do show também estão algumas composições do novo CD do Titãs, a ser lançado ainda este ano. Uma delas é "Pelados em Santos" do Mamonas Assassinas. "Nós estamos gravando canções de artistas que, de alguma forma, nos influenciaram, como Tim Maia, Roberto Carlos, Inocentes e Chutes e Pontapés, um grupo português que tem uma trajetória parecida com a nossa", adianta Bellotto.
O ponto alto da turnê, para o guitarrista, é a parte técnica das apresentações, mantida em toda a turnê. "A gente não poderia imaginar, há dez anos atrás, que daria para reunir todo mundo no palco, trocar as bandas sem precisar parar o show e ter uma qualidade legal. É a prova da estruturação do "show business" brasileiro, apesar de ainda ter muito lugar estupidamente fuleiro por aí", afirma.
Resta esperar que o público de SP possa acompanhar sem problemas o grande encontro.