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Festival reúne Naná Vasconcelos e Mike Ladd
Pernambucano e americano mostram repertório inédito
BRUNA BITTENCOURT
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de um ótimo show solo no ano passado, Mike Ladd
volta ao Brasil. O rapper americano, nem tão conhecido por
aqui, é um dos protagonistas do
Afrofuturismo Brasil.
O minifestival, que acontece
hoje e amanhã em São Paulo,
colocará no mesmo palco o percussionista Naná Vasconcelos,
o quarteto de pós-rock São
Paulo Underground (grupo do
cornetista Rob Mazureck com
membros do Hurtmold) e os
MCs do Mamelo Sound
System, além de Ladd.
A reunião -improvável e até
arriscada entre artistas a princípio díspares- acontece em
torno de uma valorização comum do elemento percussivo e
do experimentalismo. O repertório dos shows, composto especificamente para as apresentações, deve virar um álbum.
"A África é a eterna mãe de
tudo. Mas nossa intenção não é
fazer world music. É um encontro, uma troca de ideias, para
ressaltar as similaridades e diferenças", diz Naná, 65, sobre o
show, no qual deve tocar uma
coleção de penicos de ágata, entre outros instrumentos que
ele mesmo cria.
"Nós temos as mesmas perspectivas de música e experimentações", diz Ladd, sobre como sua música dialoga com a
dos parceiros brasileiros.
Estudante de literatura e
poeta que enveredou para o
rap, Ladd é conhecido pelo experimentalismo e por fusões
com outros gêneros. Assume
alcunhas como Majesticons e
Infesticons, projeto com o qual
promete um novo álbum para
fevereiro do ano que vem.
Antes do show, sobem ao palco o DJ de dub Yellow P, acompanhado pelo MC angolano Cota Pitshu, e o elogiado sambista
paulistano Kiko Dinucci com a
cantora Juçara Marçal.
AFROFUTURISMO BRASIL
Quando: hoje, às 21h, amanhã, às
19h30
Onde: teatro do Sesc Santana (av.
Luiz Dumont Villares, 579, tel.
2971-8700)
Quanto: de R$ 5 a R$20
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos
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