São Paulo, domingo, 04 de fevereiro de 2007

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Granja Viana reúne bons restaurantes

Refúgio gastronômico atrai pelo ar de interior a apenas 20 min. da capital

No final de semana, clientes paulistanos são maioria nas casas ladeadas por áreas verdes e com boa comida, como o Felix Bistrot

Danilo Verpa/Folha Imagem
Salão do Felix Bistrot


JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL

Numa cidade como São Paulo, onde a oferta de restaurantes é tão grande e variada, parece improvável que seus moradores peguem a estrada no final de semana e rodem alguns quilômetros só para comer fora. Mas acontece.
O que motiva a "viagem" são características raras num grande centro urbano: movimento mais tranqüilo, no lugar de longas esperas; pátios e pérgulas ao ar livre, com vista para jardins e áreas arborizadas, em vez de salões fechados; e a facilidade de dispor de estacionamentos amplos e gratuitos.
Um desses destinos é a Granja Viana, em Cotia (região metropolitana de São Paulo). A menos de 20 minutos da capital, a partir do bairro de Pinheiros, a região concentra, em uma só rua, a José Felix de Oliveira, restaurantes cujo público é formado mais por paulistanos que por "granjeiros" -ao menos nos finais de semana. A comida? Na média, pode ser tão boa quanto nas casas daqui.
É o caso do Felix Bistrot, uma casa acima do nível da rua, em que a sofisticação do salão é contrabalançada pela área verde. "O público paulistano exigente, que não quer só badalar nos restaurantes, vem para cá para ter um bom padrão e serviço atencioso", diz Vinícius Rioli, 26, gerente do Felix. O restaurante muda de cardápio na segunda semana de fevereiro, acrescentando pratos como o Camarão Liberdade (com lichia e manga grelhada e molho reduzido de saquê e Soho).
A cargo do chef francês Alain Uzan, a cozinha reserva boas surpresas, como um salmão levemente selado, servido com molho de cupuaçu, abobrinha e cebola grelhada. Assunte os garçons para descobrir sugestões não incluídas no cardápio.

Complexo gastronômico
Um pouco mais adiante fica a Estação do Sino, um complexo formado por um bar e três restaurantes: o italiano Emilia Romagna, o japonês Koí Zan e a forneria Jequitibá.
Todos eles com o mesmo perfil arquitetônico -tijolinho à vista, esquadrias de madeira e janelas de vidro-, compartilham área de estacionamento e jardins. "O lugar é arborizado e, apesar de ser tão pertinho de São Paulo, aqui é quase interior", diz Kerson Queiroz, gerente do Emilia e do Jequitibá.
Mais modesto e com cardápio enxuto, o Pátio Viana é outra boa opção, principalmente num domingo de sol, quando é possível almoçar debaixo de uma frondosa aroeira.
Há 19 anos no mesmo lugar, o centrinho da Granja Viana, o restaurante de Ney Laux tem pratos cada vez mais postos de lado, como a língua com vinho e alecrim; outros mais certeiros, como o Fialho (um filé mignon de 400 g, com alho, fritas e agrião), e sobremesas famosas na região, como sua tarte tatin.


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