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ERUDITO
Obra de Beethoven é destaque na programação
Ópera de Stravinski ganha versão de concerto este mês na Osesp
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seus dois únicos programas
de outubro, a Osesp (Orquestra
Sinfônica do Estado) traz hoje e
sábado, como solista, o pianista
alemão Gerhard Oppitz, um dos
grandes intérpretes de Beethoven
de sua geração, e, nos dias 12, 13 e
15, faz em versão de concerto a
ópera "The Rake's Progress",
uma preciosidade de Stravinski.
Oppitz, 48, que se apresentou
em São Paulo com a mesma
Osesp, no ano passado, interpretará desta vez o quinto e último
dos concertos que Beethoven escreveu para o instrumento. Cognominado "O Imperador", o
mais popular do compositor.
O programa, sob a regência do
maestro convidado Celso Antunes, trará na primeira parte duas
obras de Bela Bartok (1881-1945):
"Música para Cordas, Percussão e
Celesta" e "Cenas Húngaras".
Mas vejamos a ópera de Igor
Stravinski (1882-1971), que terá a
regência de John Neschling, titular da orquestra, e começará às
20h30 -e não às 21h, como de
hábito- nas récitas de sexta-feira, dia 12, e de segunda, dia 15.
"The Rake's Progress", ou o caminho do libertino, numa tradução aproximada, estreou em 1951
e integra, na obra de Stravinski, o
período em que as harmonias
clássica e barroca foram suas referências musicais predominantes.
É uma ópera em três atos, que
não traz as inovações de juventude, presentes em "A Sagração da
Primavera" (1911), e precede o serialismo do final de sua vida, como em "Canticum Sacrum" ou
"In Memoriam Dylan Thomas".
A obra baseia-se em gravuras
do britânico William Hogarth, do
século 18, e tem o libreto, em inglês, assinado pelo poeta Wystan
Hugh Auden (1907-1973).
No enredo, Tom Rackewell,
personagem central, recebe e perde duas fortunas no jogo e nos
bordéis e termina num hospital
psiquiátrico. Aventura em que há
muita devassidão, um casamento
desfeito e uma mulher barbada.
Além do Coro de Câmara da
Osesp, participam do concerto
Carlos Eduardo Marcos (baixo), a
inglesa Lynne Dawson (soprano),
Fernando Portari e Marcos Thadeu (tenores), o gaulês Phillip Joll
(barítono), Luciana Bueno e Hillary Summers (meios-sopranos).
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO
DE SÃO PAULO - programa com obras
de Beethoven, Bartok e Stravinski. Onde:
Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes s/nš,
tel. 3337-5414). Quando: hoje, às 21h, e
sáb., às 16h30 (solista Gerhard Oppitz);
dias 12 e 15, às 20h30, e dia 13, às 16h30
("The Rake's Progress", de Stravinski).
Quanto: de R$ 10 a R$ 30.
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