São Paulo, sábado, 05 de fevereiro de 2011 |
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CRÍTICA ARTES PLÁSTICAS Debate sobre o dinheiro não vai além da reunião convencional de trabalhos FABIO CYPRIANO DE SÃO PAULO "748.600", em cartaz no Paço das Artes, parte de um objetivo um tanto pretensioso: mostrar como funciona o capital e o que cada artista interpreta como realidade, segundo o texto do curador da exposição, Renan Araujo. Nesse sentido, o título é intrigante: "748.600" é o valor em reais captado via Lei de Incentivo à Cultura para um programa denominado Novos Curadores. Com apenas esse dado, o curador já sugere várias questões relativas ao próprio sistema econômico do sistema das artes, que envolve desde as polêmicas políticas de financiamento até as relações entre produtores privados e instituições de caráter público, como o Paço. No entanto, essa reflexão necessária passa ao largo da mostra em si, uma compilação praticamente enciclopédica de obras que usam o dinheiro como temática, seja o icônico "Zero Cruzeiro", de Cildo Meireles, o acúmulo de notas em "Blue Phase", de Jac Leirner, ou as cédulas que dobradas tornam-se anéis, em "Transeconomia Real", de Marcelo Cidade. Assim, o possível debate conceitual que o título propõe transforma-se em mais uma reunião convencional de trabalhos, num agrupamento formal e ilustrativo de boas obras. A crítica institucional, então, funciona apenas como fachada -o que é bem frustrante para um programa de novos curadores. 748.600 QUANDO ter. a sex, das 11h30 às 19h; sáb. e dom., das 12h30 às 17h30; até 27/3. ONDE Paço das Artes (av. da Universidade, 1, Cidade Universitária; tel. 3814-4832) QUANTO grátis CLASSIFICAÇÃO livre AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Mohallem exibe novas fotos de festa pagã Índice | Comunicar Erros |
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