ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Estréia hoje, no clube Afrospot, mais uma festa dedicada ao funk carioca, a Solta o Tamborzão.
Ao contrário das concorrentes, que têm como chamariz bambambãs como Deize Tigrona, que canta no Vegas às segundas, e Marlboro, DJ no Lov.e às quartas, o projeto quer atrair o público com um "histórico do funk".
"O [DJ] Raphael começa com soul, passa pelo miami bass até chegar ao funk carioca", afirma o VJ Rodrigo Garcia Dutra, 25, um dos integrantes do Coletivo Marginal, responsável pela produção da balada. Esses estilos, lembra Dutra, eram os que animavam as festas black do Rio de Janeiro antes de o pancadão virar moda.
Mas, como não se vive só de conceito, a trupe traz o MC Mr. Catra, conhecido por seu vozeirão e suas letras que se aproximam do chamado "funk proibidão", para participar da primeira noite.
Acompanhando as músicas, haverá ainda um set de live-images -projeção de imagens editadas ao vivo por VJs-, com cenas de bailes cariocas coletadas pelo grupo de videomakers, formado ainda por Ana Pennteado e Fernando Morais, e que devem fazer parte de um documentário.
A Tamborzão, diz Dutra, deve ter uma segunda edição no próximo dia 19, com participações do neofunkeiro norte-americano Diplo -DJ da M.I.A.- e Sandrinho, do bar Favela Chic, de Paris.
"Sandrinho tenta reproduzir realmente o que é um baile funk, que é mais rico que a discotecagem do Marlboro, que é comercial, ou que um show da Deize."